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6 dicas para lidar com a adolescência do seu filho

Cada fase da vida traz novos desafios e aprendizagens para pais e filhos e, à medida que as crianças crescem, os papéis se reconfiguram e os genitores precisam adaptar seus comportamentos para acompanhar a evolução de seus filhos.

Nessa jornada, a adolescência é um período repleto de mudanças, onde os jovens começam a buscar sua identidade e autonomia, o que pode gerar tensões e desentendimentos em casa. Discussões frequentes, desavenças e brigas se tornam comuns nesse contexto, exigindo dos pais uma dose extra de paciência e empatia para orientar seus filhos nesse período delicado.

Para que essa fase transcorra de forma mais harmoniosa, é fundamental que os pais compreendam que a transição entre a infância e a fase adulta não somente traz desafios, mas é também uma oportunidade de fortalecer a relação familiar. “É essencial que eles estejam abertos a ouvir e dialogar, reconhecendo que as emoções dos adolescentes são intensas e legítimas e que a adolescência não é uma fase nebulosa”, diz Filipe Colombini, psicólogo parental e CEO da Equipe AT. “A empatia e a compreensão tornam-se ferramentas valiosas para ajudar os filhos a navegar por essa transição, permitindo que estes se sintam acolhidos e apoiados”, conclui.

Confira, a seguir, seis dicas do psicólogo para lidar da melhor maneira com a adolescência do seu filho:

  1. Reveja sua perspectiva. A forma como os pais enxergam a adolescência pode influenciar diretamente na sua interação com os filhos. Ao invés de encarar essa fase como um período repleto de conflitos, os pais precisam entender que cada etapa do desenvolvimento é uma oportunidade de aprendizado e adaptação. “É preciso que eles aprendam a lidar com seus filhos adolescentes, assim como fizeram na infância”, destaca Colombini.
  2. Esteja presente no aqui e agora. Essa fase envolve marcos significativos, além de uma busca intensa por autoconhecimento e inserção social. “É fundamental que os pais participem desse processo, mediando a relação dos filhos com o mundo e reconhecendo a importância dos amigos”, diz o psicólogo.
  3. Equilibre limites e autonomia. “Os adolescentes precisam de espaço para desenvolver sua personalidade e fazer suas próprias escolhas”, sugere Colombini. Os genitores devem estabelecer regras claras e manter sua posição de referência, mas também dar aos filhos a liberdade necessária para que explorem suas próprias experiências.
  4. Incentive a independência com parceria. Os pais devem estar atentos à formação e às escolhas profissionais dos filhos, oferecendo espaço para escolhas, questionamentos e vivências. “É vital que os adolescentes tenham liberdade para descobrir suas paixões e interesses, sem a pressão de cumprir a todo custo as expectativas alheias”, diz o especialista.
  5. Cultive o afeto e a proximidade. Durante a adolescência, muitos filhos podem parecer mais distantes. É essencial que os pais continuem a oferecer apoio emocional e carinho. “Entender que esta é uma fase de transição pode ajudar na reconexão com os filhos, o que fortalece laços familiares”, diz Colombini.
  6. Mantenha a rotina. Assim como na infância, estabelecer uma rotina com direitos e deveres ajuda a promover os sensos de responsabilidade e  disciplina. “Limites são fundamentais para evitar que os filhos se tornem reféns de suas próprias emoções e comportamentos”, conclui Colombini.

Mais sobre Filipe Colombini: psicólogo, fundador e CEO da Equipe AT, empresa com foco em Acompanhamento Terapêutico (AT) e atendimento fora do consultório, que atua em São Paulo (SP) desde 2012. Especialista em orientação parental e atendimento de crianças, jovens e adultos. Especialista em Clínica Analítico-Comportamental. Mestre em Psicologia da Educação pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP). Professor do Curso de Acompanhamento Terapêutico do Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas – Instituto de Psiquiatria Hospital das Clínicas (GREA-IPq-HCFMUSP). Professor e Coordenador acadêmico do Aprimoramento em AT da Equipe AT. Formação em Psicoterapia Baseada em Evidências, Acompanhamento Terapêutico, Terapia Infantil, Desenvolvimento Atípico e Abuso de Substâncias.