Para aprimorar as condições de gerenciar os níveis de água a fim de evitar conflitos em períodos de estiagem, a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal (Adasa) conta com uma nova ferramenta: o apoio da inteligência artificial na nuvem Microsoft. Por meio desse recurso, é possível monitorar cenários e se antecipar a possíveis crises hídricas no DF.
Ao elaborar uma análise preditiva sobre os próximos períodos de estiagem, a Adasa utiliza sensores instalados em diferentes pontos para medir os níveis de água em rios e reservatórios, bem como os índices de chuvas, com medições programadas para cada 15 minutos. Essas informações são transmitidas via satélite ao banco de dados SQL Server da Adasa, instalado na nuvem Microsoft Azure.
Na sequência, esses dados são processados de forma automática e transferidos para diversos painéis do Analytics Microsoft Power BI, ferramenta de análise de dados da Microsoft. O Power BI possibilita análises programadas, tais como a comparação das medidas coletadas em tempo real, com base em dados de uma série histórica de mais de 30 anos de registros.
Relatórios atualizados
Isso permite a avaliação de contextos, percepção de tendências e a projeção de possíveis cenários de comportamento, propiciando, por exemplo, a antecipação de períodos de restrição hídrica. Assim, os especialistas têm acesso a relatórios completos e interativos sobre cada reservatório e determinados rios atualizados com frequência horária, inclusive com a emissão de alertas, caso os dados indiquem algum risco de conflito pelo uso da água.
A instalação de 16 sensores com transmissão de dados via satélite, associada ao uso do Power BI e de recursos de nuvem, permitem hoje não só a visualização dos dados em tempo real, como também a análise preditiva capaz de apoiar a tomada de decisão, antes mesmo do período de estiagem no DF.
“Antes de começar a utilizar o Power BI, esse histórico de mais de 30 anos de dados era menos utilizado pela equipe da Adasa, porque não se tratava de um processo automático de comparação com novos dados medidos e seu uso como base de predição de cenários”, explica o responsável pelo serviço de tecnologia da informação da Adasa, Geraldo Alves Barcellos. A partir da experiência adquirida, outras 30 estações automáticas com transmissão de dados via satélite estão sendo instaladas pela Adasa.
Dados disponíveis
Além de apoiar o trabalho de gestão e monitoramento dos recursos hídricos, as informações geradas podem ser consultadas pelo público em geral por meio do Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos (Sirh) do Distrito Federal, disponível no site da Adasa.
“Casos como o da Adasa demonstram que o setor público tem uma enorme riqueza de dados que, por meio de tecnologias como a nuvem e a inteligência artificial, pode ser aproveitada para melhorar a gestão de recursos nas mais diversas frentes”, destaca o vice-presidente de vendas para o setor público da Microsoft do Brasil, Djalma Andrade. “Acreditamos na expansão de projetos como o da Adasa, atingindo outras regiões do Brasil e outras áreas nas quais a tecnologia possa beneficiar a população”.
Atualmente, a Adasa concentra todos os seus servidores hospedados no Microsoft Azure, enquanto o Office 365 é utilizado no dia a dia das equipes da instituição.
“Queremos que a transformação de dados em informação útil à gestão seja feita de forma rápida e segura, o que também nos permitirá melhor comunicação com a sociedade e maior transparência em nossos serviços”, resume o diretor da Adasa, Jorge Werneck.
Com informações da Microsoft
* Com informações da Adasa e da Microsoft