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Júlia Lucy e Mayara Noronha visitam a Casa Flor, em Taguatinga

A parlamentar e a secretária de desenvolvimento social foram verificar as condições de atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica e em condições de vulnerabilidade atendidas pela unidade, além de ouvirem assistentes sociais sobre as demandas do abrigo

A Procuradora Especial da Mulher na Câmara Legislativa, deputada Julia Lucy (Novo), acompanhada pela secretária de desenvolvimento social do DF, Mayara Noronha, visitaram, na tarde de segunda-feira (11), a Casa Flor, unidade de acolhimento para mulheres, em Taguatinga.

Júlia Lucy questionou se as mulheres atendidas pela Casa Flor recebem alguma capacitação durante o período em que passam no abrigo. De acordo com a gerente da unidade, senhora Alamarque, a capacitação deveria ser ofertada pela Secretaria de Trabalho mas, no momento, não há oferta de capacitação. O que as assistentes sociais conseguem oferecer por conta própria são oficinas de fabricação de pão, cursos de beleza, etc, visando dar alguma condição para que as mulheres atendidas possam recomeçar uma nova fase em suas vidas.

“Nossa preocupação é assegurar um atendimento digno às vítimas de violência doméstica e as mulheres em condições de vulnerabilidade, bem como melhores condições de trabalho aos assistentes sociais”, enfatiza a parlamentar.

Apesar da boa estrutura física, as assistentes sociais da unidade reclamam das péssimas condições de trabalho, pois lidam o tempo todo com doenças infectocontagiosas e não receberam equipamentos de proteção individual (EPIs) neste período de pandemia do coronavírus. Os profissionais também reivindicam o recebimento de adicional de insalubridade, uma vez que a atividade de acolhimento os expõe a riscos de contaminação.

Júlia Lucy formalizou ofício à Secretaria de Desenvolvimento Social para que seja feito estudo de viabilidade do pagamento de adicional de insalubridade aos assistentes sociais da Casa Flor e solicitou o envio de EPI’s para proteção destes profissionais. A parlamentar também quer que o projeto #LigaDelas, da qual faz parte, ofereça oficina de confecção de máscaras de tecido para as mulheres atendidas pela unidade, além de lançar campanha de arrecadação para financiar o projeto.

A Casa Flor possui vaga para 35 mulheres e, hoje, atende 30. O prazo de permanência é variável, geralmente dá-se o prazo de 90 dias, prorrogáveis por mais 90. Algumas mulheres ficam menos tempo e outras acabam permanecendo por período mais longo, daí a importância de ações educadoras ou formativas para as mães e para os filhos, já que muitas ficam por muito tempo.

Ascom | Deputada Distrital Júlia Lucy (NOVO)