Desde o início da pandemia motivada pela contaminação pelo novo coronavírus, internas da Penitenciária Feminina do Distrito Federal (PFDF) passaram a produzir itens de proteção individual – como máscaras e kits compostos por capote, propés e toucas. Até esta semana, 20 mil foram produzidos – sendo 10 mil deles encaminhados para a Secretaria de Saúde (SES) e os demais para as unidades prisionais.
A expertise para produção do material foi adquirida com profissionais da Saúde e segue normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Direção e agentes da unidade prisional se debruçaram na busca do material a ser utilizado.
Além das doações recebidas, a Secretaria de Segurança Pública (SSP/DF) fez a compra de tecido TNT e elástico. A produção se deu após a preocupação do secretário de Segurança, o delegado Anderson Torres, com a dificuldade da compra de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).
“Esses materiais ficaram escassos no mercado. A utilização é diária nas unidades prisionais e com a inauguração dos novos blocos do Centro de Detenção Provisória II (CDP II), destinados para internos infectados ou em quarentena, o cuidado deve ser ainda maior”, disse Torres.
Trinta sentenciadas estavam participando da confecção do material. O número foi reduzido para dez, para evitar o contato entre elas. “Todas faziam parte da oficina de costura na unidade prisional. Elas produziam, além de chinelos, uniformes para as serem utilizados pelas reeducandas da própria unidade prisional e artesanatos”, explicou o coordenador-geral da Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe), o delegado Érito Pereira.
A produção dos itens atende também a uma orientação da Vara de Execução Penal (VEP) para que os presídios viabilizem formas de compensação pela falta de visitas, saídas temporárias e trabalho externo Com suspensão dos benefícios, é uma forma.
A produção irá se estender até o final da crise pandêmica
* Com informações da SSP/DF