Hoje (19) é celebrado o Dia Mundial da Doação do Leite Humano, e aqui no Brasil a data marca o lançamento da Campanha Nacional de Doação de Leite Materno. Promovida pelo Ministério da Saúde e a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, a iniciativa quer conscientizar e incentivar a doação de leite materno, responsável por salvar a vida de milhares de crianças prematuras.
Miriam Oliveira dos Santos é coordenadora de aleitamento materno e banco de leite humano da Secretaria de Saúde do Distrito Federal. Ela conta que, em Brasília, como as mães evitam ir aos hospitais, a unidade disponibilizou telefones, video-consultas e as redes sociais para ajudar as mulheres que estão com dificuldade na amamentação.
Miriam afirma que o número de doadoras e o volume de leite coletado vem aumentando apesar da pandemia. Ela orienta as mães a prenderem o cabelo e sempre usar máscara na hora de coletar o leite para doar.
Depois da coleta, a orientação é colocar o frasco no congelador. O leite pode ficar armazenado por, no máximo, dez dias.
Toda mulher sadia pode doar, e quanto maior a quantidade de leite coletado, maior o número de crianças ajudadas. Miriam alerta que as mães que estão amamentando os bebês durante a pandemia, em caso de sintomas gripais, usem máscara durante a amamentação.
É de conhecimento geral que o leite materno é rico em nutrientes, e deve ser a única fonte de alimentação de um bebê até 6 meses. Neste período não é recomendável chás, água, mingau ou qualquer outro alimento para a criança.
O nutricionista Edis Rodrigues Junior diz que, entre os benefícios, está uma melhor imunidade que o bebê adquire. Estudos apontam ainda que a amamentação exclusiva influencia positivamente no psicológico e no poder de aprendizado da criança.
Edis afirma que se a mãe tem boas condições nutricionais, e produza o leite, não é preciso complemento. Ela salienta que mitos devem ser deixados de lado.
Após 6 meses e até os 2 anos de idade, a orientação é fazer a introdução alimentar, ou seja, intercalar as mamadas com frutas, verduras e outros alimentos para as crianças.
Kariane Costa
RADIOAGÊNCIA NACIONAL