O voto de pessoas idosas a partir de 60 anos deve aumentar nas eleições de 2018. É o que prevê a estatística do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo a Corte, enquanto em 2014, 257 mil pessoas acima de 60 anos se manifestaram nas urnas, a previsão é que em 2018 essa participação aumente em 11,67%, passando para 287 mil votos. Mas, em contrapartida, o voto facultativo para pessoas a partir deve 70 anos deve sofrer redução de 15,2%.
A justificativa, muitas vezes, é o desinteresse pelos rumos da sociedade, segundo a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). “Idosos que não deixam de votar são pessoas que, muitas vezes, acompanharam ou participaram das lutas pelo restabelecimento da democracia no Brasil e que, portanto, valorizam esse direito reconquistado após a ditadura militar”, informou a entidade, para a Agência de Notícias, por e-mail.
A professora aposentada Sônia Sousa, 63 anos, faz questão de votar todo pleito porque, para ela, esse é um exercício de cidadania. “O voto é muito importante. Por mais que alguns candidatos não façam jus aos cargos, exercer cidadania é algo que precisa ser feito”, ressalta. Esse também é o pensamento da aposentada Benedita Carvalho, 83 anos. “Votar é importante, gosto de ir lá e fazer meu papel. Por mais que eu não seja obrigada, me sinto importante”, destaca
Cientista político e historiador, Antônio Barbosa justifica a diminuição do voto facultativo pela questão natural da vida. “Pessoas envelhecem e morrem constantemente, esse é o principal fator”, esclarece.
Abstenção
O Distrito Federal disputa com o Amapá a menor quantidade de abstenção de votos por parte dos idosos a partir de 70 anos, girando em torno de 33%. O número ainda é grande, entretanto, se comparado a outros estados, como o Amazonas, que carrega 50% de abstenções dos idosos, o DF mostra grande conquista nesse cenário eleitoral.
Por Gabriela Arruda
Sob supervisão de Isa Stacciarini e Luiz Cláudio