“Ô abre alas…” que o bloquinho da Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal (Ucin) do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) quer passar. Fantasiados de princesa, Super-Homem, bailarina e até de cachorrinho, os bebês — internados por conta da prematuridade — comemoraram o primeiro carnaval de suas vidas.
A cena foi registrada pelas profissionais da unidade e pelas mamães dos minifoliões. Levar um pouco de alegria para as mães foi o objetivo da ação, segundo a supervisora de enfermagem, Lívia De Piéri. “É uma forma de elas terem uma lembrança especial do período em que seus bebês estiveram internados na Ucin”, explicou.
A iniciativa foi possível após mobilização da equipe. Enfermeiros, médicos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, entre outros profissionais, doaram fantasias, acessórios e brinquedos. “Todo mundo ajudou com algo, e pedimos para os funcionários da lavanderia lavarem tudo”, comentou Lívia.
Com uma bandeja recheada de itens carnavalescos, as profissionais abusaram da imaginação. Cada bebê tinha uma fantasia e um cenário próprio, repleto de bichos de pelúcias, bonecas e super-heróis.
Comemoração dupla
A festa marcou o dia da alta dos gêmeos Gabriel e Miguel e foi um motivo extra para Janaína Alves, 41 anos, comemorar. “Parece que estavam adivinhando”, brincou. Com mais dois filhos aguardando fora do hospital, a moradora de Valparaíso contou que a equipe da Ucin foi a responsável por amenizar a ansiedade durante quase um mês longe do restante da família.
Vestidos dos heróis The Flash e Super-homem, os irmãos posaram para as fotos enquanto dormiam profundamente. “Os profissionais foram ótimos e, com o bloquinho, fecharam com chave de ouro todo esse ciclo de amparo e suporte que recebi desde o nascimento dos meus filhos”, elogiou Janaína.
Karla Rhaphaela, 20 anos, também agradeceu pela iniciativa. “Essa atitude ajuda a descontrair um pouco, faz a gente sair do quarto e interagir mais com a equipe da Ucin”, disse a mãe da pequena Elisa. Ela está há um mês internada no Hospital de Santa Maria e ainda não tem previsão de alta.
*Com informações do Iges-DF
AGÊNCIA BRASÍLIA* | EDIÇÃO: MÔNICA PEDROSO