O Brasil passa por momentos difíceis no combate ao novo Coronavírus e o uso de máscara, medidas sanitárias e isolamento social se fazem cada vez mais necessários. Entretanto, inúmeras pessoas com doenças crônicas precisam sair de casa e manter uma rotina hospitalar para evitar a progressão dessas patologias. É o caso de pacientes com catarata, glaucoma e degeneração macular relacionada à idade (DMRI), que se não cuidados podem levar à cegueira.
O engenheiro Rogério Chequer, 53 anos, é um exemplo de paciente que manteve acompanhamento contínuo. Portador de glaucoma congênito desde os 6 meses de idade, miopia e um grau alto de astigmatismo, ele não deixou devisitar o oftalmologista regularmente. “Quem tem glaucoma sabe o quanto é importante esse acompanhamento para controlar a doença. Então, continuei fazendo meus exames e foi assim que descobri, há cerca de um ano, uma catarata precoce no meu olho direito e, há 6 meses, no olho esquerdo”, conta ele que, recentemente, foi operado pelo Dr. Takashi Hida, oftalmologista-chefe do Setor de Catarata do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB), empresa do Grupo Opty. “Detectar os problemas logo no início nos dá tempo de planejar e escolher as melhores alternativas para o paciente. Por isso, reforçamos sempre a importância de manter os exames rotineiros e as avaliações preventivas, mesmo em tempos de pandemia”, ressalta o especialista.
É desse cuidado com a saúde ocular que trata o Abril Marrom, mês dedicado à campanha sobre prevenção à cegueira. De acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, há mais de 1,2 milhão de cegos no Brasil. No entanto, a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que cerca de 80% dos casos de cegueira são evitáveis e/ou tratáveis. Ou seja, mais de 950 mil brasileiros que perderam a visão poderiam estar enxergando, se tivessem recebido tratamento apropriado e em tempo adequado.
De acordo com a OMS, a catarata é a principal causa de cegueira adquirida em todo o mundo, responsável por 47,8% dos casos. A doença provoca a perda progressiva, porém reversível, da visão, podendo ser imperceptível ao paciente nos estágios iniciais. A cirurgia consiste na remoção do cristalino opaco e sua substituição por uma lente intraocular artificial transparente. “É cada vez mais comum encontrarmos pessoas entre 40 e 50 anos se submetendo a cirurgias de catarata. É mais ou menos nessa idade também que surge a presbiopia, ou seja, a diminuição progressiva da capacidade de focar nitidamente objetos a curta distância. E aí aproveitamos para resolver não só a catarata, mas essas perdas graduais de visão”, observa o Dr. Takashi. O implante de lentes intraoculares multifocais é uma opção que tem se tornado frequente para aqueles que têm interesse em reduzir a dependência de óculos no pós-operatório da cirurgia de catarata. “Há evidências, inclusive, que as lentes multifocais podem ajudar a diminuir acidentes domésticos e o risco de queda de idosos”, explica o oftalmologista.
Outra patologia que precisa de acompanhamento presencial é o glaucoma que, sem controle, provoca o aumento da pressão intraocular e danifica o nervo óptico. A perda é inicialmente periférica e o paciente não percebe, mas, com o tempo, os danos podem ser irreversíveis. O glaucoma é a segunda causa de cegueira no mundo (12,3%), segundo a OMS. Há cerca de 900 mil glaucomatosos no Brasil e, apesar de ter consequências graves, cerca 40% das pessoas desconhecem essa doença, de acordo com pesquisa recente divulgada pelo Ibope Inteligência.
Também estão na lista de atenção especial a retinopatia diabética e hipertensiva – que pode levar à hemorragia e extravasamento do líquido da retina, ocasionando a perda da visão – e a degeneração macular relacionada à idade (DMRI), uma doença crônica progressiva que ocorre na parte central da retina (mácula) e que leva à perda gradual da visão. Atualmente, aproximadamente 30 milhões de pessoas no mundo têm DMRI, perla estimativa da Organização Mundial de Saúde, e a patologia é a principal causa de perda irreversível da visão entre as pessoas acima de 50 anos. Condições ambientais, alimentação e predisposição genética são fatores de risco, porém o maior deles é a idade: o problema acomete 10% de pacientes entre 66 e 74 anos e 30% com mais de 75 anos. “Vale destacar que, hoje em dia, a inteligência artificial no mapeamento de retina é uma aliada na detecção precoce de retinopatia diabética, DMRI e glaucoma. O exame também consegue identificar a catarata, através da sombra que ela causa no próprio exame. Hoje existe um software inteligente, com big data baseado em 300 ou 400 mil exames, que já faz uma leitura precisa desses achados”, ressalta Takashi Hida.
O médico também alerta para outras questões trazidas pelo novo coronavírus que merecem atenção. Desde o início da pandemia, a Academia Americana de Oftalmologia vem divulgando diversas pesquisas relacionados à disseminação do vírus e às suas repercussões sistêmicas e oculares. Recentemente apresentou uma série de casos de perda de visão em paciente com COVID-19 decorrente de oclusão vascular da retina*. “Pesquisadores lutam para entender e combater as consequências causadas pela COVID-19. Apesar de não ser claro o que o vírus causa nos pacientes recuperados, já está comprovado que essa doença pode originar danos cardiometabólicos**, como diabetes e hipertensão podendo gerar de leves a graves implicações indiretas, retinopatia diabética, catarata e retinopatia hipertensiva entre elas”, comenta o Dr. Takashi. “Ainda não há pesquisas sistemáticas de longa data com resultados robustos sobre o assunto por ser uma doença recém diagnosticada, mas recomendamos fortemente que pessoas que tiveram COVID-19 façam acompanhamento regular com o oftalmologista para detecção de possíveis sequelas”, conclui o Dr. Takashi Hida.
*American Academy Ophthalmology, Renée Solomon, 26/02/2021
**Diabetes, Obesity and Metabolism, 27/11/2020
Sobre o HOB
O Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB), uma das empresas do Grupo Opty no Distrito Federal, é a primeira instituição de saúde no DF a receber o selo Einstein Padrão de Qualidade e Segurança Covid-19, que certifica o rigor da instituição em relação aos protocolos que asseguram aos pacientes, aos profissionais e ao público em geral a qualidade e segurança indispensáveis aos serviços de saúde.
Sobre o Opty
O Grupo Opty nasceu em abril de 2016, a partir da união de médicos oftalmologistas apoiados pelo Pátria Investimentos, que deu origem a um negócio pioneiro no setor oftalmológico do Brasil. O grupo aplica um novo modelo de gestão associativa que permite ampliar o poder de negociação, o ganho em escala e o acesso às tecnologias de alto custo, preservando a prática da oftalmologia humanizada e oferecendo tratamentos e serviços de última geração em diferentes regiões do País. No formato, o médico mantém sua participação nas decisões estratégicas, mantendo o foco no exercício da medicina.
Atualmente, é o maior grupo de oftalmologia da América Latina, agregando 25 empresas oftalmológicas, e mais de 1800 colaboradores e 750 médicos oftalmologistas. O Hospital Oftalmológico de Brasília (DF), o HOB Taguatinga, o HOB Hélio Prates, o Hospital de Olhos INOB (DF), o Hospital de Olhos do Gama (DF), o Centro Oftalmológico Dr. Vis (DF), O Instituto de Olhos Freitas (BA), o DayHORC (BA), o Instituto de Olhos Villas (BA), a Oftalmoclin (BA), o Hospital de Olhos Santa Luzia (AL), o Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem (SC), o Centro Oftalmológico Jaraguá do Sul (SC), a Clínica Visão (SC), o HCLOE (SP), a Visclin Oftalmologia (SP), o Eye Center (RJ), Clínica de Olhos Downtown (RJ) e COSC (RJ), Lúmmen Oftalmologia (RJ), Hospital de Olhos do Meier (RJ), Hospital Oftalmológico da Barra (RJ), Centro Cirúrgico Jardim de Alah (RJ), o Oftalmax Hospital de Olhos (PE), UPO Oftalmologia – Unidade Paulista de Oftalmologia (SP) e do HMO – Hospital Medicina dos Olhos (SP) fazem parte dos associados, resultando em 55 unidades de atendimento. Visite www.opty.com.br.