Além dos problemas respiratórios, o tempo seco também é responsável pelo agravamento de problemas com a pele. Com a baixa umidade do ar, característica marcante dos meses de maio a outubro, a pele acaba se desidratando e perde sua camada de gordura, que é uma barreira contra agressores externos. Dessa forma, a pele fica mais propícia a irritações e infecções.
Dermatites, como a atópica, esteatósica e psoríase, podem ser agravadas durante esse período. De acordo com a dermatologista Julyanna do Valle (CRM 16116), que atende no Centro Clínico do Órion Complex, a principal medida de prevenção é usar hidratantes para compensar a perda de proteção natural. “O melhor momento de aplicá-lo é assim que sair do banho, pois há uma melhor ação dos princípios ativos e retenção da umidade na pele. Outra dica é evitar o excesso de ar-condicionado. Ele reduz ainda mais a umidade do ar, e isso aumenta a transpiração e o ressecamento da pele”, destaca a dermatologista.
A dermatologista Camila de Paula Orlando (CRM 17108) também orienta que o uso do ar-condicionado deve ser limitado e se deve dar preferência a umidificadores de ar. Além dos cuidados com a hidratação e prevenção, ela também passa outras dicas que podem amenizar as consequências do tempo seco na pele. “Devemos limitar o uso da esponja de banho apenas nas axilas e pés e não utilizar sabonetes antissépticos”, afirma ela, que ainda ressalta que a esses sabonetes podem destruir a camada de gordura natural que protege a pele, deixando-a mais ressecada e exposta às intempéries do tempo seco.
Julyanna ainda reforça que o momento do banho é importante para a proteção da pele. Segundo ela, é necessário evitar banhos quentes e prolongados, já que a elevada temperatura da água resulta em maior desidratação. “Também se deve dar preferência a sabonetes neutros e em pouca quantidade, já que o excesso retira o óleo natural da pele. Além de todos esses cuidados, não podemos esquecer o essencial: beber água”, destaca a especialista.
Cuidados com a pele
Com a camada protetora mais enfraquecida durante o período seco e a perda da lubrificação, a dermatologista Julyanna do Valle conta que coceiras e dermatites podem surgir ou se agravar. “A pele fica mais suscetível à penetração de substâncias poluentes, raios UVA e UVB, bactérias e irritações. Pele esbranquiçada, descamação e coceira são alguns dos sinais de desidratação da pele. Essas alterações, podem levar a vermelhidão e até feridas”, destaca.
Em caso de aparecimento e persistência de coceiras e lesões ressecadas e avermelhadas na pele, é importante a procura por um especialista. “Deve-se buscar um dermatologista para investigação e tomar os devidos cuidados específicos”, finaliza Camila Orlando.