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Celebração de Corpus Christi, nas igrejas particulares, será marcada por compaixão ao próximo

A Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, popularmente conhecida como Corpus Christi, tem como finalidade celebrar solenemente o Mistério da Eucaristia. A festa foi instituída pelo Papa Urbano IV, em 08 de setembro de 1264, através da Bula Papal “Trasnsiturus de hoc mundo”, onde além da instituição da data, concede-se a indulgência plenária a todas as pessoas que participam desta Solenidade.

Este ano, assim como no passado por conta da pandemia, as igrejas particulares irão adaptar suas celebrações para permitir que a sociedade em geral participe de forma segura. A maioria das programações serão transmitidas pelas emissoras de inspiração católica, rádios locais e redes sociais das arquidioceses e dioceses.

Eucaristia, vida e missão – Na arquidiocese de São Lúis, no Maranhão, por exemplo, a Solenidade de Corpus Christi será celebrada nesta quinta-feira, 3 de junho, impulsionada pelo tema “Eucaristia, vida e missão. Para todas as fomes: pão”. O objetivo é estimular os fieis a tomar uma atitude concreta diante de todas as dificuldades vivenciadas na atualidade.

A programação terá a Santa Missa de Corpus Christi, às 10h, celebrada no Santuário de São José de Ribamar com transmissão ao vivo pela TV Nazaré (canal aberto 43.1), Rádio Educadora AM 560, e pelos canais do YouTube da Arquidiocese de São Luís e Santuário de São José de Ribamar. A Celebração será presidida pelo arcebispo de São Luís, dom José Belisário da Silva, e tem como convidados os vigários forâneos, coordenadores arquidiocesanos de grupos, movimentos, pastorais, serviços e novas comunidades.

Para dom José Belisário, o tema tem uma mensagem de grande relevância e está bem conectado com o momento atual. “Ele fala em Eucaristia, em uma ceia, em uma refeição. Todos sabemos que estamos passando por um momento muito difícil, no qual a carência alimentar tem atingido sempre mais pessoas. O tema desse ano nos fala em pão em todas as mesas.”, ressalta.

E sobre a adaptação da Solenidade, em virtude da pandemia, o arcebispo esclarece: “Devemos seguir as orientações das autoridades sanitárias – distanciamento social, uso de máscara e de álcool gel para a higienização das mãos. A presença nas celebrações será restrita, mas convidamos as pessoas para participarem através dos meios de comunicação social e pela internet.”, e reitera o convite.

A partir das 19h30 será realizada a Live Show “É Tempo de Cuidar”, durante a qual será feita a campanha de arrecadação de recursos para a compra de alimentos. Vários cantores maranhenses foram convidados para participar do espetáculo.

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Mutirão pela Vida de quem tem Fome –
 Em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, o Mutirão pela Vida de quem tem Fome é o tema da campanha para comemorar o Corpus Christi no dia 3 de junho. A diocese de Caxias do Sul lançou a ação de solidariedade no dia em que foi comemorado o 55º Dia Mundial das Comunicações Sociais. A campanha é realizada em todo o Estado, sendo que as 18 dioceses do Rio Grande do Sul estão arrecadando alimentos não perecíveis nas paróquias e comunidades.

O bispo de Caxias do Sul, dom José Gislon, lembra que Corpus Christi é a data que recorda que Cristo foi solidário com a humanidade ao doar a vida na cruz. Por isso, o bispo convida os fiéis a participarem da campanha:

“Tendo presente o Cristo Jesus que deu a vida na cruz para que tivéssemos vida em abundância, convido você a fazer um gesto de caridade para cuidarmos da vida daqueles que estão passando fome. Creio que é um gesto bonito que podemos fazer”, exorta dom José .

Já o coordenador diocesano da Pastoral, padre Paulo César Nodari, explica que a ação é realizada com as 74 paróquias dos 32 municípios atendidos pela Igreja de Caxias do Sul. Além disso, um levantamento será feito para dar transparência ao montante de alimentos arrecadados e a sua destinação. As secretarias paroquiais e as comunidades irão receber os alimentos.

Com relação a solenidade de Corpus Christi, a orientação da diocese de Caxias do Sul é que sejam celebradas missas em diversos horários para que não haja aglomeração. Assim como em 2020, às 15h do dia 3 de junho, toda a diocese fará um momento comum de adoração ao Santíssimo Sacramento, isto é, a Eucaristia. A intenção principal da oração será pelo fim da pandemia, mas também será pelos desempregados e por todos os que sofrem em função da Covid-19.

Tapete Solidário – Em Santo André (SP), a celebração do Corpus Christi será realizada em formato híbrido, entre online e presencial, nas 106 paróquias da região e 257 comunidades, que foram orientadas pela diocese de Santo André a adotar as medidas cabíveis a cada local podendo celebrar missas presenciais, mas novamente sem os tradicionais tapetes, transformados neste ano na ação Tapete Solidário.

Paróquias arrecadam doações no Tapete Solidário (Foto: Divulgação)

Promovido pela diocese, por meio do Vicariato Episcopal para a Caridade Social, a iniciativa sugere doação de alimentos não perecíveis, roupas, cobertores e fraldas infantis ou geriátricas para as famílias carentes da região, que são atendidas pelas igrejas, de acordo com o padre Tiago Sibula, coordenador do Departamento de Comunicação da diocese de Santo André e assessor da Comissão para a Comunicação da CNBB, que falou em entrevista ao RDtv sobre a ação.

Segundo o padre, a campanha acontece de forma emergencial e em todo o Brasil, devido aos mais de 14 milhões de desempregados, que passaram a precisar de mais ajuda por conta da pandemia. “Temos a bonita tradição dos Portugueses do Tapete de Corpus Christi, mas ao invés do tapete todo ornamentado, neste ano será o tapete solidário, coordenada pelo pelo padre Ryan. Além disso as paróquias que arrecadarem quantidade significativa ou superior, enviará donativos a outras paróquias para ajudar as famílias carentes”, explica.

Todas as igrejas e comunidades católicas da região vão participar da ação e podem receber as doações tanto antes como durante a missa, que será exibida aos fiéis no final do dia para mostrar a quantidade das arrecadações. “Basicamente é assim que acontece. Não existe um critério rígido, é importante que todas possam realizar essa campanha, pois enquanto houver injustiça, descriminação e pobreza, a nossa missão não estará concluída”, diz.