Com o objetivo de poder exercer plenamente a maternidade, muitas mulheres preferem adiar a gravidez por conta de projetos profissionais ou mesmo questões financeiras. Entretanto, com o avançar da idade, o número e a qualidade dos óvulos diminui e as chances de gravidez também. Uma solução cada vez mais buscada nas clínicas de reprodução assistida é o congelamento de óvulos.
Segundo a Dra. Maria Augusta Engler Tamm Toppjian, especialista em reprodução assistida da clínica Huntington Medicina Reprodutiva, não existe idade mínima para o congelamento de óvulos. “Entretanto, se a paciente não tem planos de engravidar antes dos 35 anos, ela deve procurar um médico e iniciar o projeto independentemente da idade”, recomenda a ginecologista.
O primeiro passo para a mulher que deseja fazer o congelamento de óvulos é realizar os exames de avaliação da reserva ovariana, que auxiliam o médico a decidir qual o melhor protocolo para cada paciente. O início do processo, na maioria dos casos, se dá com o início do ciclo menstrual. São feitos exames hormonais no sangue e a ultrassonografia para contagem dos folículos daquele ciclo. “Estando tudo normal, as medicações podem ser começadas”, comenta Dra. Maria Augusta.
O tempo médio de aplicação das medicações é de 10 a 12 dias até a marcação da coleta dos óvulos, que ocorre em torno do décimo quarto dia. O número de óvulos a ser congelado varia de acordo com cada paciente, e até na mesma mulher pode variar de um ciclo para o outro. “O ideal é ter em torno de 15 a 20 óvulos congelados”, estima a médica.
De acordo com a especialista em reprodução assistida, houve um aumento em torno de 40% na procura por congelamento de óvulos na clínica Huntington, muito acima do esperado, segundo Dra. Maria Augusta. “A pandemia fez com que as pessoas ficassem mais tempo em casa e tivessem mais tempo para se cuidar. Muitas deixaram de viajar e as economias foram usadas para esse fim”, avalia. O custo do procedimento hoje está em torno de 15 mil reais com a medicação incluída. Após o processo, a paciente terá uma taxa anual próxima de mil reais para preservação dos óvulos.
Dra. Maria Augusta ainda ressalta que antes de decidir pelo procedimento, as mulheres precisam ter conhecimento sobre o assunto, pois “é algo que traz ainda mais segurança e independência”.
Sobre a Dra. Maria Augusta Tamm Toppjian
A especialista é formada pela Universidade de Ribeirão Preto. Fez residência em Ginecologia e Obstetrícia pelo Hospital Federal da Lagoa / Maternidade Escola – UFRJ. Tem título de especialista em ginecologia e obstetrícia pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO – TEGO/15); também é especialista em Medicina Reprodutiva pela Rede Latino americana de Reprodução Assistida (RedLara); possui capacitação em Reprodução Assistida pela SBRA e é mestranda em Reprodução Assistida pela Universidad de Barcelona. Para mais informações, acesse pelas redes @mariaaugustatamm