O Governo do Distrito Federal decretou três dias de luto oficial pela morte de Joaquim Roriz, ocorrida na manhã de hoje (27) aos 82 anos. O ex-governador estava internado no Hospital Brasília onde sofreu um infarto do miocárdio.
“Brasília perde um realizador, um homem com fortes laços com a população mais humilde e que soube ser visionário numa cidade idealizada por outros visionários”, declarou – em nota – o governador Rodrigo Rollemberg.
Ele afirmou que a história da capital do país foi escrita por Juscelino Kubitscheck, que a fundou, e Joaquim Roriz “que a consolidou”. O Palácio do Buriti foi colocado à disposição da família para o velório.
Roriz comandou o governo do DF por quatro mandatos marcados por ações voltadas para as populações mais pobres, com políticas de distribuição de pão e leite e a construção de nove cidades no entorno de Brasília. As obras viárias como a construção da ponte JK e o Metrô também garantiram sua popularidade.
Ao mesmo tempo, o ex-governador foi alvo de acusações de racismo e denúncias como as que envolviam desvios de verbas do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e superfaturamento de obras e compra de merenda escolar.
A família do ex-governador ainda não informou detalhes sobre o sepultamento. Políticos locais usam as redes sociais para manifestar notas de pesar.
Um deles foi o também ex-governador do DF, Cristovam Buarque, que derrotou pela primeira vez Roriz nas eleições de 1994.
“Convido todos os candidatos a suspenderem hoje a campanha eleitoral, em respeito à memória do ex-governador Joaquim Roriz e em solidariedade à sua família e seus muitos eleitores.”, disse Buarque.