Para se ter uma noção do tamanho dessas novas estruturas, as dez escolas vão ocupar uma área total construída de 35,5 mil m², o equivalente a cinco campos de futebol do Estádio Mané Garrincha, em Brasília. Uma enorme área que atende a uma grande demanda por vagas, que a Secretaria de Educação (SEE) tem trabalhado para suprir.
Samambaia é a região administrativa com mais escolas na lista: quatro. Além das escolas classe 425, 415 e 410, a cidade também vai ganhar uma creche na Quadra 217. Juntas, elas vão atender mais de 3,5 mil alunos.
“Consideramos em licitação as obras que já estão contratadas, obras que estão prestes a ter contrato assinado, que têm o vencedor da licitação ou que estão no início do processo licitatório. A EC 425 de Samambaia, o Cepi [Centro de Ensino de Primeira Infância] da Estrutural e o CED do Jardins Mangueiral devem iniciar as obras nas próximas semanas, por exemplo. A expectativa é iniciar todas as obras até o final do primeiro semestre, talvez antes, e que a maioria seja concluída em 2023”, explica o subsecretário de Infraestrutura Escolar da SEE, Leonardo Balduino.
Jardins Mangueiral ganha primeiras escolas
A região do Jardins Mangueiral também será beneficiada com as obras. As unidades são consideradas de fundamental importância, uma vez que o bairro não dispõe de escolas públicas e reúne atualmente cerca de 12 mil pessoas, além de integrar a Região Administrativa do Jardim Botânico, que contabiliza mais de 100 mil moradores. No planejamento da SEE, serão erguidas três unidades para atender mais de 3,5 mil alunos: o CEF Mangueiral, o CED Jardins Mangueiral e a EC Jardins Mangueiral.
Outra região que também será contemplada é a Cidade Estrutural. Por lá, o Cepi – estrutura também chamada de creche – vai atender 94 alunos. Além de Samambaia e Estrutural, Taguatinga vai ganhar um Cepi, com capacidade para 188 alunos. A unidade será erguida no Setor J. A lista das dez novas escolas conta ainda com um Centro de Ensino Fundamental no Sol Nascente. Essa escola vai abrigar 1,4 mil alunos.
A rede pública de ensino dispõe de 686 escolas e conta com mais de 430 mil alunos matriculados. Dentro da sua estrutura, a SEE mapeia a necessidade de cada regional de ensino para abertura de novas vagas e também para a construção de escolas. Um trabalho que ganhou força nos últimos três anos.
“De 2019 a 2021, entregamos 24 obras. Destas, 16 são de escolas e as outras são de reconstrução de muro e de cobertura de quadra. A maioria é de creches – sete –, quatro centros de línguas, um centro de ensino fundamental – a reconstrução do CEF 01 da Vila Planalto –, duas escolas classes – EC JK, no Sol Nascente, e a reforma da EC 01 do Porto Rico, em Santa Maria -, a Escola Escola Técnica de Brazlândia e um centro de ensino infantil em São Sebastião. Temos 161 salas de aula entregues que têm capacidade para atender quase 17 mil alunos – um investimento de R$ 66 milhões”, explica Balduino.
Além das obras entregues e das que vão ser licitadas, o GDF trabalha em 20 escolas com obras em andamento ou praticamente finalizadas. Esse grupo conta com 278 salas de aula para atender 17,7 mil alunos e um investimento de quase R$ 138 milhões.
O CED Águas do Cerrado, em Planaltina, é um exemplo desse trabalho. O local, onde funcionaria um albergue público e que acabou abandonado desde 2014, está prestes a ser inaugurado e abrir as portas para 900 alunos. A Escola Classe 52 de Taguatinga também está em vias de ser entregue para receber 1.254 alunos.
Ian Ferraz, da Agência Brasília | Edição: Claudio Fernandes