Um mutirão de reconstrução mamária foi realizado na última semana pelo Hospital Regional de Taguatinga (HRT) voltado para mulheres que tiveram câncer de mama. O projeto contou com pelo menos 48 cirurgias. Outros hospitais, como o Hospital Regional da Asa Norte, Hospital Daher e o Instituto Capital Brasil, e a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica abraçaram a causa e organizaram o mutirão que atendeu 48 mulheres para procedimento cirúrgicos e quatro mulheres para tatuagem 3D, que refazem a aréola e mamilo retirados juntamente com a mama devido ao câncer. A médica-cirurgiã Izabelle Barbosa Montanha foi a responsável pelo projeto.
Para fazer a cirurgia, as pacientes foram avaliadas e realizaram exames pré operatório e consultas regulares, pois o risco para as pacientes nesse procedimento cirúrgico é o mesmo de cirurgias que são necessárias, mas não urgentes. Os projetos vão continuar em ação. “As datas para o evento em 2019 ainda não foram definidas, mas já estamos planejando o projeto para o mês de novembro, o Novembro Azul”, afirmou a médica.
Aproximadamente 100 profissionais voluntários participaram, incluindo médicos cirurgiões, anestesistas, enfermeiros e técnicos, pessoal de administração, limpeza, residentes da área de saúde. Voluntários da comunidade costuraram camisolas e almofadas para as mulheres participantes e pessoas que auxiliaram no câncer
As mulheres selecionadas para realizar as cirurgias são as que estão na lista de espera do Sistema Único de Saúde para cirurgia de mama e o mutirão ajuda na redução de tempo de espera de cirurgia.
Histórico
O projeto existe há três anos e foi desenvolvido em 2016 por médica ginecologista Josiane Fernandes Ferreira Rodrigues, estimulada pelo cirurgião plástico Ognev Meireles Cosac, que tiveram uma conversa e compartilharam o sonho de ajudar mulheres que são vítimas de câncer de mama. Em seu primeiro ano, o projeto atendeu 20 mulheres e contagiou os servidores do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) que se mobilizaram no ano seguinte atendendo mais mulheres e atraindo mais pessoas com o coração disposto a ajudar. O movimento Outubro Rosa nasceu na década de 1990.
Por Ana Paula Teixeira
Fotos: Divulgação