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Jovens podem ter papel decisivo nas eleições, diz cientista político; assista à entrevista

O cientista político André Rosa avalia que os novos dois milhões de eleitores jovens podem ter um papel decisivo nas eleições de outubro. Não apenas pela quantidade de votos, mas pelas temáticas que os candidatos podem ser forçados a abordar.

“Para alcançar esse público novo, é importante que os candidatos estejam no mesmo ambiente que esses jovens estão, como as redes sociais. É muito mais fácil um jovem de 16 e 17 anos conseguir visualizar as propostas dos candidatos no Instagram do que 20h no horário eleitoral”.

Confira entrevista

 

Ele relembrou que, nas eleições de 2014, quando a disputa presidencial estava entre Aécio Neves e Dilma Rousseff, o resultado do segundo turno foi determinado pela diferença de 3.459.963 de votos. Ou seja, os novos eleitores podem impactar os rumos da política brasileira neste ano de eleição.

Segundo o cientista político,  o alto número de novos títulos se deve ao interesse político do jovem devido às últimas crises que o Brasil tem passado. “As discussões políticas nos espaços acadêmicos favorecem o contato e a interação do jovem com a política do seu país”, comentou o pesquisador.

Ele entende que a mulher jovem não se enquadra no discurso conservador de Jair Bolsonaro, que preza pela família tradicional e religião. “Talvez essa mulher não queira mais estar enquadrada nesse tradicionalismo, talvez ela queira se alinhar a um discurso de mais liberdade, seja ele sexual, profissional, de querer ou não ter uma família. Por conta disso, o voto jovem feminino seja mais direcionado ao candidato do PT, que possui uma narrativa mais progressista”.

O cientista político explica que os jovens eleitores devem avaliar a agenda dos candidatos à presidência da república com aquilo que cada um acredita. “Isto é, a soma dos valores intrínsecos ao que os jovens são e representam”.

Por Paloma Castro, Luis Fernando Souza e Ana Carolina Tomé