Ao som da voz da cantora Cleide de Lucan que proclamava palavras de liberdade e respeito, teve início a homenagem ao Dia Nacional da Consciência Negra, proposta pelo deputado Lira (PHS). A solenidade ocorreu no plenário da CLDF na manhã desta segunda-feira (26). “Os negros têm travado uma luta pela defesa dos seus direitos como cidadãos, pedindo respeito por sua cultura, costumes e religião. É lamentável que os afrodescendentes ainda sejam alvos de atos discriminatórios, racismo e violência, simplesmente por causa da cor de sua pele, ainda mais em um país caracterizado pela miscigenação”, afirmou o parlamentar.
Entre os vários representantes negros presentes à solenidade, a representante da Comissão de Violência Familiar da OAB-DF, Vânia Efraim, trouxe uma reflexão sobre a importância de se conservar elementos da cultura Africana no Brasil. “A cor da minha pele, o meu cabelo afro/black, o meu turbante é resistência. Neste dia queremos cobrar políticas públicas de combate ao racismo e intolerância religiosa, que revelam intrinsecamente o ódio contra o negro”, afirmou a advogada.
Em agradecimento ao deputado Lira pela homenagem, o diretor de Igualdade Racial da prefeitura do Novo Gama, Adaildo Lopes, expôs um caso racista que sofreu. “Em 2013, quando decidi adotar um garoto, ouvi do juiz que era inadmissível uma criança morar em um centro de macumba. Luto para me sentir aceito com a minha religião de matriz africana”, expressou.
Consciência – O Dia da Consciência Negra A data comemorada no dia 20 de novembro, faz referência ao dia do assassinato, em 1695, do Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares, que lutou para preservar a os costumes e tradições dos africanos que conseguiam fugir da escravidão.
Nayá Tawane
Fotos: Rinaldo Morelli/CLDF
Comunicação Social – Câmara Legislativa