A cidade de Brasília recebe até o dia 25 os Jogos Universitários (JUB’s). Mais de 5 mil atletas de todo o Brasil estão na Capital Federal disputando 28 modalidades. Entre uma competição e outra eles passam pelo Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB) para trocar experiências, descansar, participar das ativações propostas pelos patrocinadores do evento e vivenciar o esporte paralímpico. O futebol de cegos da ADEF foi uma das atrações que encantou os participantes da competição universitária em uma ativação de 40 minutos.
Atletas que estavam no CICB foram convidados para vendar os olhos e junto com os jogadores da ADEF vivenciaram o que é o futebol de cegos que tem o diferencial a bola com guizos para que os atletas consigam localizá-la.
Uma das estudantes que esteve na ativação foi a jogadora de futsal do Rio Grande do Norte Gislene da Silva, 22. Aluna de turismo, ela ficou encantada com a habilidade dos meninos e exaltou a dificuldade que teve dentro de quadra.
“Tem que ficar atenta no barulho da bola e no chamador para a gente se posicionar dentro de quadra, não é fácil. Os meninos são ótimos jogadores e é incrível a habilidade que eles têm, fiquei muito feliz em participar dessa dinâmica que trabalha a inclusão”, afirmou.
O goleiro de handebol Lucas Castro,22, atleta do estado de Minas Gerais, teve o primeiro contato com o paradesporto na ativação. Apaixonado por esporte ele acompanhou a conquista paralímpica do Brasil no Rio de Janeiro em 2016 pela televisão.
“É muito diferente assistir e participar. Na televisão a gente se pergunta como eles fazem e pessoalmente o questionamento só aumenta, eles têm uma habilidade incrível”, ressaltou.
O atacante da ADEF, Alexandre Neto, 37, perdeu a visão aos sete anos devido a um glaucoma congênito. Ele ficou entusiasmado com a participação e a quantidade de pessoas que estavam na arquibancada acompanhando a atividade.
“Espero que a gente tenha transmitido o sentimento de superação para as pessoas. Que a gente seja espelho para todos porque um simples tropeço não pode ser um motivo para parar. Todos do nosso time estão de parabéns e o futebol nos ajuda no desejo de sonhar e realizar os nossos objetivos”, afirmou.
Alexandre ainda usou a atividade para calibrar os chutes que serão importantes no Campeonato Brasileiro da Série A que será disputado em novembro em São Paulo.
“Conseguimos chegar na elite do Brasileiro após a disputa do Regional e o objetivo é permanecer na primeira divisão. Os chutes estão sendo aperfeiçoados em todos os treinos e espero que eles ajudem a ADEF nesse objetivo”, concluiu.
O paradesporto da ADEF conta com o patrocínio da Loterias Caixa e o apoio do Governo Federal. O projeto permite a aquisição de equipamentos necessários, acompanhamentos de nutricionista, fisioterapeuta, psicólogo, uniformes para treinos e jogos.