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Força-tarefa recebe mais de 500 denúncias contra João de Deus

O serviço criado pelo Ministério Público de Goiás para concentrar informações sobre supostos abusos sexuais cometidos pelo médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, completou uma semana de funcionamento nessa segunda-feira. Desde o dia 10, o canal de atendimento foi usado 506 vezes por supostas vítimas.

Mulheres de 16 estados e do Distrito Federal já procuraram a força-tarefa. O grupo também recebeu relatos do exterior. Existem possíveis vítimas que moram em outros seis países.

Depois que o Coaf, Conselho de Controle de Atividades Financeiras, do Ministério da Fazenda, identificou uma movimentação de R$ 35 milhões  feita na semana passada pelo médium, João de Deus passou a ser suspeito de praticar lavagem de dinheiro.


Em nota, a defesa negou o crime e afirmou que, de acordo com as informações a que teve acesso, não existem provas da movimentação de tanto dinheiro. Os advogados disseram, também, que tiveram acesso a poucas declarações das supostas vítimas e, para eles, parece que a polícia quer incentivar novas denúncias.

A defesa de João de Deus acrescentou que teve acesso a apenas um procedimento investigativo no Ministério Público e que as denúncias não faziam parte dos documentos, que traziam apenas cópias de reportagens.

No domingo (16), João de Deus se entregou à polícia e prestou depoimento. Nessa segunda-feira (17), os advogados dele pediram que a Justiça transforme a prisão preventiva em domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica.

Victor Ribeiro