O Colégio Marista Águas Claras realiza, entre agosto e setembro, projeto para sensibilizar os alunos do 9º ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio sobre a realidade das pessoas com deficiência. A iniciativa, que faz parte do calendário da instituição há três anos, visa promover empatia e respeito por meio de experiências práticas e vivenciais. O projeto ganhou destaque com a realização dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024.
As atividades programadas para este ano simulam a privação da visão, como o Atletismo para Deficientes Visuais, com prova de corrida adaptada; o Goalball, esporte paralímpico criado unicamente para deficientes visuais; e o Tiro com Arco para Deficientes Visuais. Além dessas modalidades específicas que estarão presentes nos jogos paralímpicos, os estudantes do 9º ano desenvolveram atividades voltadas à comunidade escolar, como a Oficina da Caixa Surpresa e do Olfato, a Oficina do Túnel Sensorial e a Oficina do Chão Tátil.
“Essas oficinas não só permitirão que os alunos experimentem a vida de uma pessoa com deficiência, mas também incentivam a criação de ambientes de inclusão dentro da escola. O projeto busca, assim, criar um espaço onde o respeito e a empatia sejam cultivados e praticados no dia a dia escolar”, explica o professor de Educação Física e idealizador do projeto, Matheus Ramiro.
O professor destaca ainda que, ao vivenciarem o desconforto e a adaptação necessários nas atividades, os alunos desenvolvem uma compreensão mais profunda e respeitosa das experiências vividas por pessoas com deficiência. “Entendem que é normal sentir medo, angústia. Mas que, apesar de serem sentimentos desconfortáveis durante a prática, não é por isso que a experiência será ruim, muito pelo contrário”, comenta.
Edições anteriores
Ramiro conta que as atividades sempre ocorrem em setembro por ocasião de duas datas importantes: Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência (21/9) e Dia Nacional do Atleta Paralímpico (22/9). “Nos últimos anos a gente desenvolveu atividades adaptadas para cadeirantes, amputados e tetraplégicos, além de conseguir trazer ao colégio atletas paralímpicos para um bate-papo com os estudantes”.
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