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Mês da mulher: a importância da liderança feminina

“Meu maior desafio é demonstrar que minhas capacidades estão além das expectativas tradicionais relacionadas às mulheres”. A declaração de Roberta Abreu, assistente social e Gerente Executiva do Instituto Bancorbrás, é um retrato de que a luta feminina por igualdade no meio corporativo ainda existe em pleno século XXI. 

Uma pesquisa feita pela Deloitte, em março de 2022, mostrou que apenas 19,7% dos assentos dos Conselhos das 7 mil empresas mundiais analisadas eram ocupados por líderes femininas. Levando em consideração que, segundo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) do mesmo ano, as mulheres representam 50% da população mundial, esse resultado é muito baixo, mostrando a dificuldade delas de ocuparem cargos de liderança no mercado de trabalho.  

Atualmente, Roberta lidera a equipe do Instituto Bancorbrás e integra o quadro total de colaboradores do Grupo Bancorbrás composto por 64% de mulheres e com 52% dos postos de liderança ocupados por elas em cargos de gestão, como supervisão, coordenação, gerência e diretoria.

A Gerente Executiva do Instituto Bancorbrás iniciou sua carreira como assistente social e destaca que sua maior dificuldade foi expandir sua atuação, além das funções técnicas e demonstrar seu potencial em gestão. Para ela, a transição para um cargo estratégico exigiu não apenas conhecimento, mas também a capacidade de liderar equipes diversas e inovar na tomada de decisões. “Durante toda a jornada para conquistar a liderança foi preciso ter coragem, resiliência e aprendizado contínuo”, recorda.

O avanço da liderança feminina também é evidenciado por estudos internos, como o Censo de Diversidade do Grupo Bancorbrás, que indicou o crescimento do número de líderes femininas em posições estratégicas. Roberta enfatiza que a empresa tem promovido iniciativas que incentivam a equidade e criam um ambiente mais inclusivo para o desenvolvimento profissional feminino. Como ela comenta, “desafios sempre vão existir, mas o importante é buscar cada vez mais oportunidades e iniciativas que reforcem a meritocracia”.

Os desafios da ascensão profissional

Alessandra Monteiro iniciou sua jornada na Corretora de Seguros Bancorbrás como colaboradora temporária e, ao longo dos anos, construiu uma carreira sólida até se tornar Diretora Técnica em 2023. Durante essa caminhada, enfrentou desafios para mostrar seu conhecimento técnico em um mercado de muitos homens. Para ela, um dos maiores aprendizados foi “desenvolver habilidades de negociação e comunicação para alinhar os times às estratégias da empresa”.

A Diretora Técnica relembra que quando iniciou sua carreira, as decisões estratégicas eram predominantemente conduzidas por homens. “Mesmo hoje em dia ainda existem os desafios de se ter lideranças femininas. Observa-se um cenário mais equilibrado, com uma presença crescente de mulheres ocupando espaços relevantes e influenciando os rumos da organização”, comenta.

A primeira mulher a ocupar o cargo de Diretora Técnica

Quando, em setembro de 2023, Alessandra assumiu a Diretoria Técnica da Corretora de Seguros Bancorbrás tornou-se a primeira mulher a ocupar esse cargo. Apesar do desafio inicial de lidar com expectativas e estereótipos, sua liderança ajudou a reforçar a ideia de que “competência e gestão não têm gênero, e que podemos – e devemos – ocupar posições estratégicas em qualquer organização”, destaca. 

Determinação e superação

Alessandra e Roberta ressaltam que o caminho para a liderança é feito com dedicação e conhecimento Para elas, as mulheres precisam investir no próprio desenvolvimento e não ter medo de assumir desafios. “Construa uma rede de apoio que incentive seu crescimento e, acima de tudo, não se deixe limitar por estereótipos que tentam impor barreiras ao seu crescimento”, aconselha a Diretora Técnica. “Lembre-se de que o seu crescimento profissional não é apenas uma conquista pessoal, mas também uma porta aberta para que outras mulheres sigam o mesmo caminho”, finaliza Roberta.