Doença crônica e silenciosa, pois não apresenta sintomas no início, a hipertensão arterial sistêmica (HAS) ocorre quando a pressão do sangue nas artérias está em valor acima do considerado normal. Para se identificar o mal é necessário estar sempre atento e verificar regularmente a pressão sanguínea em unidades de saúde ou hospitais.
“Valores de pressões máxima e mínima iguais ou maiores que 140 por 90 milímetros de mercúrio (mmHg), durante 3 dias consecutivos, já estão fora do padrão considerado normal”, explica a enfermeira da coordenação de doenças e agravos não transmissíveis da Secretaria da Saúde de Goiás (SES-GO), Andreia Sardinha.
Pesquisa Nacional de Saúde de 2013 estima que em Goiás, a prevalência de hipertensão arterial, é de 22,1%. De acordo com o Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS/MS), em 2018, ocorreram no Estado, 2.275 internações hospitalares por doenças hipertensivas.
Já em relação às mortes pela doença, segundo o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM/SUS/MS), em 2018, ocorreram 1.311 óbitos por doenças hipertensivas, em Goiás. “Salientando que esses dados são preliminares, sujeitos a alteração”, ressalva Andreia.
Fatores genéticos aliados ao estilo de vida, como alimentação inadequada, tabagismo, uso abusivo de álcool, sedentarismo, poucas horas de sono, estresse mental, jornada de trabalho excessiva, preocupações e ansiedade, tornam algumas pessoas mais suscetíveis à doença.
Sintomas e causas
Os sintomas da hipertensão costumam aparecer somente quando a pressão sobe muito, podendo ocorrer dores no peito, dor de cabeça, tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza, visão embaçada e sangramento nasal. Entre as causas da hipertensão destacam-se a idade avançada, etnia afrodescendente, sobrepeso ou obesidade, ingestão excessiva de sódio e álcool, sedentarismo, baixo nível socioeconômico e escolaridade, além da predisposição genética.
É possível prevenir o mal, evitando-se o consumo de alimentos industrializados, como: carnes processadas (presunto, mortadela, salsicha, salame); temperos prontos; biscoitos recheados e sucos de caixinha, pois são ricos em açúcar. Além disso, deve-se diminuir a quantidade de óleo das preparações, preferir alimentos cozidos, assados ou grelhados ao invés de fritos e diminuir a quantidade de sal nos alimentos.
“Uma dica bem eficaz é retirar o saleiro da mesa onde as refeições são realizadas e aumentar o consumo de alimentos na sua forma natural, consumindo todos os dias vegetais e frutas”, explica a enfermeira da coordenação de doenças e agravos não transmissíveis da SES, Loreta Marinho.
Também é indicado não fumar e se evitar a ingestão de bebidas alcoólicas. A prática de exercícios físicos pelo menos três vezes na semana, no mínimo 30 minutos, dormir de 6 a 8 horas por dia, inserir atividades de lazer na rotina e uma alimentação balanceada contribuem para se evitar a hipertensão.
Educação
Loreta alerta que na atenção ao portador de hipertensão arterial no SUS, o processo de educação permanente com os profissionais possibilita a construção de novas práticas e mudanças nos processos de trabalho que permitem o controle da pressão arterial e a redução da morbimortalidade causada pela doença.
A coordenação de doenças e agravos não-transmissíveis, da Gerência de Vigilância Epidemiológica da Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa) da SES assessora tecnicamente os 246 municípios goianos. “Promover uma intervenção educativa, sistematizada e permanente com os profissionais de saúde é um aspecto fundamental para mudar as práticas em relação a esse problema”, conclui.
Comunicação Setorial da Secretaria da Saúde de Goiás
Mais informações: (62) 3201-3784 / 3201-3816 / 3201-3811