Se tem um mercado que apresenta um crescimento acelerado no Brasil é o de escritórios compartilhados. Dados do Censo Coworking Brasil aponta que nos últimos três anos, esse segmento cresceu 500%, e hoje mais de 1.194 coworkings estão localizados no País. O Censo também registrou que um em cada quatro espaços do tipo são temáticos, concentrando no mesmo endereço profissionais, serviços e recursos.
Com a assinatura recente da Medida Provisória batizada de Liberdade Econômica, pelo presidente Jair Bolsonaro, que altera legislações sobre pequenos negócios e startups – empresas iniciantes – para reduzir a burocracia.
Na avaliação do CEO da SMART Escritórios Inteligentes, Saulo Da Rós, essa MP, também conhecida como MP das startups, vai estimular ainda mais o surgimento de novos empreendimentos, e geração de emprego e renda.
Mas o executivo alerta que para quem busca ter uma empresa instalada dentro de um coworking deve buscar as melhores práticas para empreender de forma inteligente, ou seja, boa parte de seu lucro deve estar centrado na capacidade de encontrar os melhores caminhos para o crescimento e para manter os pequenos e médios negócios competitivos.
“O segredo para empreender de forma inteligente é saber reduzir custos, aumentar a performance sem precisar pausar projetos e deixar de inovar”.
Para empreender de forma inteligente, Saulo Da Rós explica que hoje quatro conceitos estão em destaque no mundo empresarial e devem fazer parte do ecossistema de quem já empreende ou pretende montar o próprio negócio:
1) Uso de tecnologia: inteligência artificial
A Inteligência Artificial possibilita que máquinas aprendam com experiências se ajustem a novas entradas de dados e performem tarefas como seres humanos. Isso envolve outras tecnologias, como Deep Learning e processamento de linguagem natural. Com esses avanços, os computadores podem ser treinados para cumprir tarefas específicas ao processar grandes quantidades de dados e reconhecer padrões a partir deles.
O resultado do uso de Inteligência Artificial é que as máquinas estão cada vez mais avançadas com as quais começamos a conviver: carros autônomos, robôs que cozinham como chefs e softwares cada vez mais avançados, capazes de prever ações e intenções.
2) Economia do compartilhamento
É um modelo no qual existe uma inversão de prioridades entre possuir e utilizar um bem. Como exemplo, em vez de você comprar seu próprio carro, você utiliza o de outra pessoa quando precisa, contando com o serviço das plataformas de ride-sharing, como Uber e Cabify.
Desta forma, dois objetivos principais são alcançados: o da eficiência no uso dos bens e o da otimização dos custos. Esta é uma lógica que prevê um consumo mais consciente e que traz ganhos tanto para quem é o proprietário de determinado bem ou objeto, quanto para quem precisa utilizá-lo de maneira pontual.
“Como empreendedor, especialmente se estiver à frente de um pequeno ou médio negócio, você pode aproveitar serviços e modelos de contratação que estão dentro deste cenário, alcançando eficiência e economia”, comenta o executivo da SMART.
3) Trabalho remoto
A modalidade mais conhecida de trabalho remoto é a do home office, quando o funcionário exerce as atividades a partir de sua própria casa. No entanto, o trabalho remoto pode ser realizado de qualquer lugar, a partir de escritórios compartilhados, cafés, espaços públicos ou onde mais houver um espaço de trabalho adequado e com acesso à internet.
4) Metodologia Lean
Lean pode ser entendido como enxuto. Ou seja, quando falamos em metodologia lean, estamos falando sobre um método que institui apenas os recursos necessários para a realização do trabalho, etapa ou processo, evitando desperdícios.