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Agosto Dourado: o mês da amamentação

Com o tema Amamentação: apoie em todas as situações, o “Agosto Dourado” de 2024 visa dar destaque às necessidades de aprimoramento do apoio à amamentação, com foco na redução de desigualdades e na prática da amamentação em tempos de emergência e crises. A campanha mundial tem o objetivo de celebrar e, principalmente, de conscientizar a população sobre a importância da amamentação. A cor dourada foi estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que considera o leite humano um “alimento de ouro”. 

Em 1° de agosto é comemorado o Dia Mundial da Amamentação e faz parte da Semana Mundial de Aleitamento Materno, que ocorre em 120 países anualmente entre os dias 1º e 07 de agosto. Essa data foi criada em 1992 pela Aliança Mundial de Ação pró-amamentação (World Alliance for Breastfeeding Action – WABA) com a finalidade de promover o aleitamento materno e a criação de bancos de leite, garantindo, assim, melhor qualidade de vida para crianças em todo o mundo.   

De acordo com o fonoaudiólogo e suplente de RT (responsabilidade técnica) do Banco de Leite Humano do Hospital Anchieta, Jardes Souza, a amamentação é, isoladamente, a estratégia que mais contribui para a diminuição da mortalidade infantil em todo o mundo.  

“O leite humano é um alimento completo para o bebê e fornece todos os nutrientes necessários para o crescimento e desenvolvimento adequado do bebê, além de fortalecer o sistema imunológico, pois possui anticorpos que o protegem contra diversas doenças, como diarreia, infecções respiratórias e alergias, e estabelecer um vínculo afetivo entre quem amamenta e quem é amamentado”, informa o profissional.  

A amamentação é um ato fundamental para o desenvolvimento saudável das crianças, sendo recomendada pela OMS como a forma ideal de alimentação nos primeiros seis meses de vida.  

O Agosto Dourado também destaca a importância do apoio da sociedade como um todo para garantir condições adequadas para amamentar, seja no ambiente familiar, no trabalho ou em locais públicos. “É fundamental reforçar o compromisso com a promoção da amamentação como um direito de todos e um ato de amor e saúde para as crianças. Vamos juntos apoiar e incentivar a amamentação, contribuindo para um futuro mais saudável e sustentável”, disse Jardes Souza. 

Banco de leite

O Banco de Leite Humano é um centro altamente especializado que funciona como Centro de Lactação. É uma ação criada para promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno. Engloba as ações de coleta, processamento e distribuição de leite humano. O leite doado é oferecido aos bebês hospitalizados, geralmente aqueles que nasceram prematuros e/ou de baixo peso que não podem ser alimentados pelas próprias mães. 

Como uma das funções do Banco de Leite é justamente dar apoio à amamentação, o Hospital Anchieta, em Taguatinga, estruturou um consultório dentro do Hospital da Mulher, localizado no 6º andar, para dar apoio às mães lactantes. “Nesse espaço nós atendemos algumas famílias que estão com dificuldade no processo da amamentação, tiramos dúvidas e incentivamos o aleitamento materno, tudo isso de forma gratuita, um serviço para a população”, informou o fonoaudiólogo. 

Segundo Jardes Souza, toda mulher que amamenta é uma possível doadora de leite humano, basta ser saudável e não tomar medicamentos que interfiram na amamentação. Para encontrar o Banco de Leite mais perto da sua casa, é necessário somente fazer uma consulta no site da Rede Global de Bancos de Leite Humano Brasil, inserindo sua região, estado e cidade. 

Maternidade humanizada

O nascimento de um filho é sempre um momento muito especial. Ao entender o binômio mãe e bebê numa visão mais humana e acolhedora, a maternidade do Hospital Anchieta, em Taguatinga, presta um serviço humanizado, personalizado para cada gestante. Tudo começa no Hospital da Mulher, onde é oferecido um atendimento reservado para as gestantes, onde se busca adequar para cada realidade o processo do parto dentro de um olhar menos hospitalar. 

Formada por obstetras, enfermeiras, pediatras e fonoaudiólogos, a equipe multidisciplinar envolvida durante o parto possui adota uma visão holística, que visa restituir o protagonismo do parto à mulher. Esse olhar integrativo e interdisciplinar do parto, para além de um entender como evento biológico, considera os aspetos emocionais, sociais e culturais. 

A obstetra do Hospital Anchieta, Maria do Socorro Almeida de Oliveira, informou que a instituição trabalha a humanização da assistência ao parto, que implica na equipe multidisciplinar respeitar os aspectos da fisiologia feminina, sem intervenções desnecessárias. “Priorizamos os aspectos sociais e culturais do parto e nascimento e oferecemos suporte emocional à mulher e à sua família, garantindo todos os direitos de cidadania. O nosso foco está no protagonismo da mulher onde suas escolhas são ouvidas e respeitadas para o fisiológico ocorrer normalmente. O médico e equipe somente interferem caso venha ocorrer algum problema”, concluiu a obstetra.