A qualidade da água fornecida pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) é considerada “ótima” ou “boa” por 86,6% dos moradores do DF. É o que constatou pesquisa realizada pelo Instituto Parolle, que entrevistou presencialmente 3.200 moradores em 21 regiões administrativas entre os dias 20 e 30 de agosto. Quanto ao fornecimento de água e à captação e tratamento de esgoto, 73,7% dos entrevistados avaliaram o serviço como “ótimo” ou “bom”, conforme a pesquisa.
“O resultado da pesquisa demonstra que a política de saneamento do Governo Ibaneis Rocha está no rumo certo e retrata a correta aplicação dos investimentos que a Caesb vem fazendo para levar água da melhor qualidade aos moradores do Distrito Federal”, avaliou Luís Antônio Reis, presidente da companhia. Segundo ele, entre 2019 e 2024 a Caesb vem investindo mais de R$ 1 bilhão para modernizar, ampliar e melhorar os serviços de água e esgoto.
“Os investimentos não param”, garante Reis. “Até 2027, vamos investir mais R$ 2,8 bilhões, isto sem contar outros R$ 390 milhões que iremos investir em cinco anos com recursos que conseguimos junto ao KFW, o banco de desenvolvimento da Alemanha. Esses recursos serão aplicados na modernização das estações de tratamento de esgoto Paranoá, Recanto das Emas, Brazlândia, Gama, Norte e Sul”.
A Caesb também investirá os recursos na geração de energia limpa a partir do aproveitamento do biogás produzido pela Estação de Tratamento de Esgoto Sul, conforme Reis. “Dessa forma, além de ampliar e diversificar a fonte energética da companhia, estaremos reduzindo, substancialmente, o consumo de energia elétrica convencional e os custos operacionais da empresa”, afirmou. Os recursos serão ainda aplicados em equipamentos e obras para reduzir os índices de perdas de água potável.
“Além de ampliar e diversificar a fonte energética da companhia, estaremos reduzindo, substancialmente, o consumo de energia elétrica convencional e os custos operacionais da empresa”
Luís Antônio Reis, presidente da Caesb
O resultado da pesquisa, de acordo com Reis, também confirma que os serviços de saneamento da Caesb têm contribuído para que Brasília e o Distrito Federal tenham a melhor qualidade de vida do Brasil, conforme atestou o instituto IPS Brasil e o Projeto Acertar do Ministério das Cidades.
Resultados da pesquisa
A pesquisa foi encomendada pela Caesb para avaliar o grau de satisfação dos moradores do DF em relação à qualidade e ao abastecimento de água potável, além da captação e tratamento de esgoto feito pela companhia. O objetivo é identificar problemas e aprimorar os serviços que a empresa oferece aos moradores, conforme Reis.
A consulta foi realizada ao final de agosto, em plena época de seca, quando cai o volume dos mananciais de abastecimento e aumenta o consumo de água potável, subindo de 7% a 10%. Mesmo diante desse cenário, os serviços foram bem avaliados pelos moradores, conforme o Instituto Parolle.
A pesquisa ouviu moradores de ambos os sexos (59,4% mulheres e 40,6% homens), entre 16 e mais de 60 anos de idade, de todos os níveis de renda e de todos os graus de escolaridade. Foram entrevistadas 3.200 pessoas que moram em casa (71,9%) ou em apartamento (28,1%) em 21 das 35 regiões administrativas do DF.
As entrevistas ocorreram nas seguintes cidades: Águas Claras (129 moradores), Candangolândia (64), Ceilândia (364), Estrutural (120), Gama (216), Guará (90), Jardim Botânico (84), Lago Sul (80), Lago Norte (80), Núcleo Bandeirante (124), Paranoá (120), Planaltina (246), Plano Piloto (288), Recanto das Emas (183), Riacho Fundo (90), Samambaia (153), Santa Maria (160), Sobradinho (120), Sobradinho II (153) e Taguatinga (180).
Índices de satisfação
99,4%
Entrevistados que disseram receber água da Caesb em suas residências
A amostra confirmou dados divulgados anteriormente pela companhia e comprovados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): 99,4% dos entrevistados disseram que recebem água da Caesb em suas residências, número que chega a 100% em 18 das 21 cidades pesquisadas. O menor índice foi registrado na Estrutural e em São Sebastião, onde 5% disseram não receber água em casa.
Com relação à qualidade da água, 86,6% consideram “ótima” e “boa” e apenas 2,2% a avaliaram como “ruim”. Nesse item, as cidades com maiores índices de satisfação dos moradores são: Sobradinho II (98%), Águas Claras (95,3%), Sobradinho (95%), Plano Piloto (94,4%) e Guará (93,3%). Apresentaram maior índice de insatisfação os moradores do Jardim Botânico (14,3% consideraram “ruim”), Candangolândia (12,5%) e Estrutural (10%).
Abastecimento
O Instituto Parolle também perguntou aos moradores com qual frequência enfrentam problemas no fornecimento de água da Caesb em suas residências. As respostas foram “nunca” (33%), “raramente” (43%) e “às vezes” (18,8%) enfrentam problemas de abastecimento, num total de 94,8% de avaliações positivas.
Os maiores percentuais de moradores que dizem que “nunca”, “raramente” ou “às vezes” sofrem problemas de abastecimento estão nas seguintes regiões administrativas: Jardim Botânico (100%), Águas Claras (97,7%), Plano Piloto (97,3%), Lago Sul (95%), Lago Norte (95%), Ceilândia (94,2%), Samambaia (94,2%), Candangolândia (93,7%), Taguatinga (93,3%) e Riacho Fundo (93,3%). A Estrutural é a cidade que registra maior índice de moradores que reclamam do abastecimento: 25% dos entrevistados na região.
Rede de esgoto
A pesquisa confirmou, ainda, dados divulgados pela Caesb sobre o número de imóveis residenciais que estão ligados à rede de esgoto da companhia. Segundo o Instituto Parolle, 92,8% dos entrevistados afirmaram que moram em imóveis ligados à rede de esgoto.
As cidades com maiores índices de imóveis beneficiados pelo serviço, segundo os próprios moradores ouvidos, são: Santa Maria (100%), Plano Piloto (98,6%), Ceilândia (98,3%), Samambaia (98%), Sobradinho (97,5%), Recanto das Emas (96,7%), Planaltina (96,3%), Águas Claras (95,3%), Lago Norte (95%), Lago Sul (95%) e Taguatinga (93,3%). O maior percentual de moradores que dizem que suas residências não estão ligadas à rede de esgoto está nas seguintes cidades: Jardim Botânico (61,9%), São Sebastião (12,5%) e Estrutural (12,5%).
*Com informações da Caesb
Por Agência Brasília* | Edição: Vinicius Nader