As aulas na rede pública de ensino do Distrito Federal para seus 456 mil estudantes serão retomadas – de forma não presencial – no dia 29 de junho. Nesta data, todos os professores e estudantes que estiverem cadastrados na plataforma Google Sala de aula terão acesso gratuito. O anúncio foi feito na noite desta quarta-feira (3) pelo secretário de Educação, João Pedro Ferraz, em live transmitida pelo YouTube, quando foi detalhado o plano de retorno não presencial. Também participou o coordenador do programa Escola em Casa DF, David Nogueira.
Estudantes do Ensino Médio e do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental já têm aulas via plataforma e podem seguir se cadastrando. Para os demais, a data de abertura do cadastramento será divulgada nos próximos dias. Até então, as aulas, tanto pela televisão quanto pela plataforma, não eram obrigatórias.
A partir de 29 de junho, com acesso para todos e a obrigatoriedade da frequência, a Secretaria de Educação tem a expectativa de adesão massiva da rede. Estudantes que não tenham acesso por falta de equipamento e/ou de sinal em suas regiões receberão material impresso. A frequência e a avaliação serão feitas pelos professores por meio da realização de atividades.
Atualmente, também são transmitidas aulas pela televisão para todas as etapas e modalidades pela manhã, em duas emissoras, e à tarde, em uma emissora. O planejamento da Secretaria inclui transmissão em quatro emissoras, nos três turnos.
Os gestores escolares devem retornar em 4 de junho e os professores no dia seguinte, 5 de junho.
Cronograma completo:
Data | Ação |
4/6 | Gestores |
5/6 | Professores |
8 a 12/6 | Semana de Acolhimento e Formação |
15 a 19/6 | Professores produzem conteúdo para a plataforma |
22 a 26/6 | Estudantes voltam sem aferição da frequência |
29/6 | Começa o ano letivo do ensino mediado com aferição da frequência para todas as etapas, com acesso gratuito à plataforma |
O retorno às atividades educacionais com a execução deste cronograma acontecerá de forma gradativa, em três fases:
Fase 1 – acolhimento e formação dos profissionais; planejamento e produção das atividades não presenciais;
Fase 2 – levantamento sobre turmas/estudantes; modulação de pessoal (se necessário); início da produção de atividades não presenciais; formação continuada dos profissionais da educação;
Fase 3 – retorno dos estudantes de forma não presencial; continuidade da produção de atividades não presenciais; formação continuada dos profissionais da educação.
O cronograma será implementado e operacionalizado por comitês:
Central – composto por representantes das equipes gestoras da SEEDF
Regionais – formados em cada regional de ensino, com representantes de suas equipes gestoras; de no máximo seis gestores escolares; um representante do conjunto das instituições educacionais parceiras; um representante do conjunto instituições educacionais parceiras da própria regional de ensino; um representante do conjunto das bibliotecas comunitárias sob a responsabilidade da regional
Comitês locais – devem ser formados em cada uma das escolas da rede de ensino da SEEDF e em cada uma das instituições educacionais parceiras. A composição contará com representantes da equipe gestores, professores e estudantes, entre outros.
Tudo será de forma remota e os encontros virtuais serão organizados por cada um dos comitês. A carga horária dos profissionais será a mesma da jornada presencial. Em nenhuma hipótese os profissionais que estão nos grupos de riscos farão qualquer atividade presencial.
Todas as ações desenvolvidas deverão estar em alinhamento com o Plano de Validação das Atividades Pedagógicas não Presenciais, aprovado pelo Conselho de Educação do Distrito Federal nesta terça-feira (3/6).
O detalhamento aos gestores, professores e demais servidores sobre o retorno das atividades não presenciais será definido por meio de Portaria, a ser publicada nesta semana no Diário Oficial do DF.
* Com informações SEEDF
AGÊNCIA BRASÍLIA* | ISABEL DE AGOSTINI