Conforme dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 10% da população global possui algum tipo de deficiência. No Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são mais de 45 milhões de pessoas, o equivalente a 23,9% da população geral. Graças a mobilização de atuantes da causa, nos últimos anos, houveram conquistas significativas nas políticas públicas e, sobretudo, nas leis que beneficiam esse segmento da população. Dentre elas, a Lei Federal nº 8.213, 24/07/1991, conhecida como Lei de Cotas que determina que as empresas com cem ou mais empregados devem empregar de 2% a 5% de pessoas com deficiência em seus quadros. Para celebrar essas e outras conquistas e acender um alerta para a necessidade de um Brasil acessível, foi instituída a data 21 de setembro como Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência.
O combate ao preconceito alinhado à inclusão social tem como um dos principais aliados, o conhecimento. A partir do aprendizado é possível entender melhor sobre o cotidiano da pessoa com deficiência, conhecendo as dificuldades enfrentadas e podendo também apoiar e cobrar ações efetivas do poder público. Para fomentar esta aprendizagem, o Colégio Sigma está promovendo até o dia 1º de outubro as Semanas das Pessoas com Deficiência. Ao longo destes dias, os estudantes da Educação Infantil ao Ensino Médio participarão de aulas de Educação Física com esportes adaptados. Os jovens terão a oportunidade de praticar algumas modalidades paralímpicas como: vôlei sentado, goalball, parabadminton, paratênis de mesa, handebol sentado, caminhada guiada, entre outras. Além de provocar mais interação entre os alunos, as atividades despertam o respeito e a tolerância com o próximo, incentivando também a inclusão.
O coordenador de Educação Física do Sigma, Carlos Roberto, explicou que a ideia do projeto surgiu com a intenção de mostrar aos jovens a importância da atividade física e do esporte enquanto meio de reabilitação e socialização para a pessoa com deficiência. “É uma forma de se colocar no lugar do outro, conhecer as suas limitações e valorizar a sua superação. Todos estarão realizando as propostas de atividades e por meio dessa vivência, começam a entender um pouco do que é e como é ser ou ter uma deficiência é as dificuldades que essas pessoas passam por ela. Este é o nosso objetivo: fazer com que os alunos suscitem esse sentimento de igualdade e respeito para com todos”. Carlos acrescentou que em edições passadas da Semana das Pessoas com Deficiência, a escola recebeu atletas paralímpicos que apresentaram seus troféus e medalhas como curiosidade. “A integração com os alunos foi muito positiva. Foi um momento enriquecedor para nossos jovens, trata-se de um incentivo para que se dediquem ao que buscam e o reconhecimentos dos atletas brasileiros”, comentou.
Este ano, para os alunos que estão no virtual, serão apresentados slides e vídeos a respeito das atividades e dos projetos existentes para as Pessoas com Deficiência (PCD), momentos das paralimpíadas, assim como, participação e entrevistas com atletas e deficientes, não atletas, mas que praticam atividades físicas adaptadas.