O goalball é uma modalidade paralímpica para pessoas com deficiência visual. A quadra tem as mesmas dimensões das de vôlei, com 9 m de largura por 18 m de comprimento. As partidas são divididas em dois tempos de 12 minutos. Cada equipe conta com três jogadores titulares e três reservas que são, ao mesmo tempo, arremessadores e defensores.
De cada lado há um gol posicionado, de 9 m de largura por 1,30 m de altura. Com a proposta de balançar a rede adversária, o praticante faz um arremesso rasteiro com a bola. Há um guizo em seu interior para facilitar sua localização.
“O Distrito Federal vem sendo uma potência na modalidade, graças a muito trabalho. Temos vários atletas na seleção brasileira que se destacam no Brasil e internacionalmente”, afirma o técnico e professor de goalball, Gabriel Goulart.
Para ele, o centro olímpico e paralímpico, que abriga a modalidade desde 2015, tem um papel essencial nessa construção. “Hoje o COP dá esse espaço para gente, onde conseguimos fazer o trabalho de alto rendimento, o que é muito importante para o cenário do goalball no DF”, acrescenta. “Em 2021, as meninas foram campeãs brasileiras e os meninos ficaram com a medalha de prata. Este ano ficamos com prata no masculino e no feminino”, completa.
Essa é a primeira vez que Goulart acompanha a seleção feminina como técnico. No ano passado, ele havia integrado a equipe como auxiliar técnico. Envolvido com goalball desde 2013, o técnico está à frente da modalidade no COP há sete anos. Desde então, atletas do projeto da Secretaria de Esporte e Lazer (SEL), que treinam em alto rendimento cinco vezes por semana, aparecem na seleção brasileira e também defendem o DF nas competições nacionais.
“É um trabalho de algum tempo que estamos colhendo bons frutos. Hoje o COP São Sebastião é referência nacional no goalball tanto nos atletas quanto na parte técnica”, classifica o presidente do Instituto Axiomas (organização da sociedade civil responsável pela organização do centro), Godofredo Gonçalves.
Incentivo
Jéssica Vitorino, 29 anos, é uma das atletas do centro olímpico que integra a seleção e disputa o Campeonato Mundial. Em sua segunda participação na competição, ela se mostra animada. “Tenho grande convicção que vamos conseguir o melhor lugar no pódio, pois tivemos uma preparação forte este ano”, afirma.
Ela treina goalball desde 2015 em São Sebastião, o que a fez jogar em vários campeonatos da modalidade. A participação de Jéssica no esporte é financiada pelo projeto Bolsa Atleta, da SEL, que só em 2022 beneficiou 108 paratletas.
A secretária de Esporte e Lazer, Giselle Ferreira, comemora a presença dos atletas do projeto em mais uma competição internacional. “Nosso trabalho nos COPs tem como base a democratização da prática esportiva e do lazer para todas as pessoas da região em que eles estão localizados, visando amplo acesso da população. É um orgulho acompanhar nossos atletas e paratletas em campeonatos nacionais e internacionais”, comenta.
Desde janeiro de 2022, os COPs do DF contam com 62 mil vagas gratuitas distribuídas em 29 modalidades esportivas para crianças, jovens, adultos e idosos e 12 modalidades para pessoas com deficiência.
Adriana Izel, da Agência Brasília I Edição: Débora Cronemberger