Foi dado, na última sexta-feira (28/2), o último passo para o lançamento do edital de licitação do Hospital Oncológico de Brasília. A Secretaria de Saúde e a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) assinaram o termo de cooperação técnica com os detalhes da construção desta importante obra, que vai ajudar a atenuar a luta e o sofrimento de pacientes que buscam auxílio na rede pública de saúde para enfrentar o câncer. A estimativa é realizar até 9 mil atendimentos por ano.
O Hospital de Especialidades Cirúrgicas e Centro Oncológico de Brasília – nome conforme está descrito no documento assinado pela secretaria e Novacap – será erguido numa área de 33.486,28 metros quadrados no Setor Noroeste, perto do Hospital da Criança de Brasília José de Alencar. O projeto prevê que a nova unidade tenha 172 leitos, sendo 152 de internação e 20 de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).
A previsão de liberação do edital seria para fevereiro. Mas o termo de cooperação técnica entre Secretaria de Saúde e Novacap precisou de ajustes para otimizar o processo de construção quando vencida a fase de licitação e escolha da empresa responsável pelas obras.
No referido documento arrematado, ficou decidido que a executora da obra, que é Novacap, ficaria responsável pela parte técnica, como serviços de engenharia e arquitetura da futura unidade de tratamento de câncer. Além disso, elaboraria relatórios de execução de obras com os cronogramas dos serviços, laudos técnicos, fiscalizações e licitações relacionados ao contrato, caso seja necessário.
R$ 119,7 milhõesdo Ministério da Saúde custearão o projeto
Vencida essa fase burocrática do processo, mas que se faz necessária por se tratar de recursos públicos, agora o documento assinado seguirá novamente para a Novacap, que deverá chamar à licitação. De acordo com o diretor de Edificações da Novacap, Francisco Ramos, o edital deve sair neste mês de março. “Sai (em março) o edital com as regras da licitação”, afirma Ramos.
Serão investidos R$ 119,7 milhões (mais precisamente, R$ 119.772.956,97) na megaconstrução. O recurso financeiro tem origem no Ministério da Saúde e seu repasse ao Governo do Distrito Federal só foi aprovado depois de apresentado o projeto arquitetônico, elaborado pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), que atendeu às especificações impostas pela pasta. Esse é o maior convênio entre a Secretaria de Saúde e o Ministério da Saúde nos últimos dez anos. Fato que não ocorreu na gestão anterior, uma vez que o recurso acabou congelado por falta de projeto.
No croqui elaborado pela Novacap, o paciente contará com atendimento especializado que só se vê semelhante em clínicas e hospitais particulares do país. Haverá pronto atendimento, com dois consultórios, com leitos e duas salas de emergência. Na nova unidade terá também ambulatório, com 26 consultórios. Haverá tratamento com radioterapia, quimioterapia; atendimento de medicina nuclear, endoscopia e centro cirúrgico.
Os pacientes também poderão fazer no futuro Hospital Oncológico de Brasília coletas de exames de imagem, como mamografia, esteriotaxia mama, ultrassom, raio x. Além disso, os pacientes terão à sua disposição nove boxes de fisioterapia. Tudo isso antes, durante e depois do tratamento.
Hospital de Doenças Raras
Outra novidade para a saúde do DF foi anunciada pelo governador Ibaneis Rocha, nesta segunda-feira (2/3), durante o lançamento da programação com as ações do GDF para a campanha “Março Mulher”: o Hospital de Doenças Raras. “São mais de 600 mil pessoas com algum tipo de deficiência”, declarou o governador. “Para isso, estamos concluindo a fase do projeto, os últimos detalhes, para lançarmos nosso Hospital de Doenças Raras. Vamos acolher cada vez melhor essas mães. É um compromisso do nosso governo. Esperamos que, até o ano que vem, este hospital esteja em funcionamento no Distrito Federal”.
ARY FILGUEIRA, DA AGÊNCIA BRASÍLIA