A promessa feita ainda em campanha por Jair Bolsonaro, de facilitar o acesso a armas de fogo, foi reforçada neste sábado, pelo presidente eleito.
A poucos dias da posse, em sua conta no Twitter, ele afirmou que pretende garantir, por decreto, a posse de arma para os cidadãos que não tenham antecedentes criminais, bem como tornar definitivo o registro dos armamentos.
A medida é polêmica e vai de encontro às discussões que resultaram no Estatuto do Desarmamento, promulgado no país em 2003, que está em vigor e incentiva a entrega de armas às autoridades, mediante pagamento de bonificação e a regularização do porte nos casos autorizados na lei.
Além de apresentar certidões negativas de antecedentes criminais, e não estar respondendo a inquérito policial, para ter uma arma, hoje, o brasileiro deve ter mais de 25 anos, apresentar capacidade técnica e aptidão psicológica, atestados por profissionais credenciados e declarar efetiva necessidade, como local de moradia em regiões isoladas.
Bolsonaro não detalhou em que aspectos pretende alterar as exigências do Estatuto.
Também pelas redes sociais, Bolsonaro disse, neste sábado, que ficou sabendo que os partidos PT e PSOL não participarão da cerimônia de posse, no próximo dia primeiro, em repúdio a ele. O novo presidente disse lamentar a decisão.
Antes de partir para Brasília neste sábado, acompanhado da família, o presidente eleito recebeu em sua casa, na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, a visita de seu cabeleireiro Maxuel Gerbatin e do alfaiate responsável por costurar o terno que usará na posse, Santino Gonçalves.
Raquel Júnia