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‘Cardiômetro’ já aponta 17 mil mortes por doenças cardiovasculares em 2020

Metas de ano novo costumam incluir a perda de peso por meio da mudança de certos hábitos como parar de fumar, adotar alimentação saudável e praticar atividades físicas regularmente. Mas, a preocupação com o corpo em 2020 deve ir além da estética: de acordo com o indicador ‘Cardiômetro’, da Sociedade Brasileira de Cardiologia, até os primeiros 15 dias do mês de janeiro, cerca de 17 mil pessoas morreram vítimas de doenças cardiovasculares no país. Um dos mais importantes órgãos do corpo humano acaba negligenciado por comportamentos nada sugestivos, como sedentarismo, tabagismo, consumo excessivo de bebida alcoólica e de sal, que levam ao estresse, insônia e outros problemas que afetam direta ou indiretamente o coração. 
“O número de óbitos é preocupante, e mesmo com tantas campanhas e alertas contra esses vícios, muita gente não se conscientiza que a mudança de hábitos precisa ocorrer o quanto antes, e mantida, para que, no futuro, a saúde do coração não esteja tão debilitada a ponto de não suportar tratamentos ou medicações, e resulte na morte dessa pessoa. O foco na prevenção deve ser prioridade!”, afirma Limirio Salviano, coordenador de Cardiologia do Pronto Socorro do Hospital Santa Marta (Taguatinga Sul, DF). 
Em 2019, o Santa Marta teve uma média de 329 atendimentos no pronto socorro de pessoas com problemas no coração. O maior número de casos foi de dor torácica. Em seguida, pacientes com hipertensão, mal-estar e fadiga, e palpitações. O perfil costuma seguir um padrão: dependentes de cigarros e outras drogas, de álcool, pessoas que consomem muita fast food, estão acima do peso ou são obesas, e sedentárias. 

“Quem tem parente com histórico de doenças cardiovasculares deve ficar atento, pois a hereditariedade é outro fator de risco. Hipertensão arterial, colesterol alto e diabetes são problemas que precisam ser controlados para não afetarem o coração, além da automedicação ou consumo de vitaminas sem orientação médica”, especifica o cardiologista.
Limirio diz que sintoma comum de infarto é a dor no peito, que pode atingir os braços, costas, pescoço e mandíbula. A pessoa pode sentir ainda taquicardia, tontura, falta de ar e sudorese. 
“É freqüente a pessoa ter esses sintomas e achar que não é nada, ou até mesmo confundi-los com outros problemas de saúde. Mas, todo cuidado é pouco e, na dúvida, sempre procure o cardiologista”, destaca Salviano, acrescentando que, no Hospital Santa Marta, o pronto socorro obedece aos procedimentos previstos no Protocolo de Dor no Peito: 
“Nós classificamos o paciente de acordo com as características da sua dor, os fatores de risco, e a partir daí conseguimos direciona-lo melhor para os exames a serem feitos, se ele precisa ser encaminhado para internação. Seguindo o protocolo, confirmamos ou descartamos diagnósticos de doenças cardiovasculares de risco, como as agudas da aorta, infarto agudo do miocárdio, angina instável e embolia pulmonar”, conclui o cardiologista. *O coração e a saúde dos brasileiros: 
-> Doenças cardiovasculares, afecções do coração e da circulação são a principal causa de mortes no Brasil, responsáveis por mais de 30% dos óbitos registrados.
-> São mais de mil mortes por dia, cerca de 43 por hora, sendo um óbito a cada 1,5 minutos (90 segundos).
-> A Sociedade Brasileira de Cardiologia estima que, ao final de 2020, quase 400 mil brasileiros morrerão por doenças do coração e da circulação.
-> Doenças cardiovasculares são responsáveis por 3 vezes mais mortes que as doenças respiratórias; e matam 2 vezes mais que todos os tipos de câncer somados.
*Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia.