Nos dias 6 e 7 de novembro, a Universidade Católica de Brasília (UCB) promoveu o Fórum Internacional UCB, evento que reuniu palestrantes do Brasil, França e Estados Unidos para debater assuntos em torno do tema “O amanhã é hoje”. O evento também marcou um importante reposicionamento institucional da Católica, que nos próximos cinco anos pretende se transformar em um hub de saberes, alinhando o ensino e pesquisa da universidade às demandas da sociedade, em parcerias colaborativas com instituições públicas e privadas.
“A universidade como conhecemos hoje está passando por uma crise de identidade no mundo todo. Para continuar fazendo sentido para a sociedade, empresas e famílias, precisamos oferecer mais do que um centro de ensino e pesquisa. Precisamos nos aproximar e atender às necessidades das pessoas. Nossa proposta é ser um hub de saberes, sem muros. A gente quer impactar vidas, a gente quer transformar o ensino”, explicou o reitor da UCB, Carlos Longo, durante a abertura do evento.
As parcerias são o grande diferencial do novo posicionamento da Católica. “Vamos ter cursos com o Museu do Amanhã, com o Porto Digital. Estamos com outro grande parceiro que é o Grupo Santa, da área de saúde, teremos também cursos na área do Direito. Não adianta a gente ensinar o que todo mundo ensina, a gente quer fazer diferente”, completa o reitor.
Para o presidente do Museu do Amanhã, Ricardo Piquet, o trabalho colaborativo e integrado com o mercado é o caminho a seguir. “Eu me formei em engenharia e sempre questionei muito a nossa academia, a nossa universidade muito distante do dia a dia, do retorno pra sociedade. Então quando ouço que a UCB vai aproximar o estudante com as necessidades do mercado, visando a empregabilidade, eu acho que precisamos exatamente disso e estamos juntos nessa caminhada”, disse Piquet, que foi responsável pela palestra de abertura do evento, na segunda (6).
Economia do futuro
Um dos pontos altos do evento foi a apresentação do 3º relatório do Panorama da Economia Criativa no DF, pesquisa inédita conduzida pelo Mestrado Inovação em Comunicação e Economia Criativa da UCB. De acordo com os dados mais recentes do estudo, o número de agentes criativos no DF já ultrapassa os 130 mil e teve crescimento de 30% entre 2020/2021. A pesquisa reforça a vocação do DF para a Economia Criativa, que foi responsável por gerar mais de R$ 9 bilhões no ano passado.
Na programação desta terça (7), as palestras foram sobre Liderança Disruptiva, com José Salibi Neto; Liderando o Hoje para o Amanhã – Governança Colaborativa: Parcerias Público-Privadas, com o professor Frank V. Zerunyan; O futuro da negociação: Newgotiation, com Yann Duzert; e Ambientes de Inovação: o case do Porto Digital, com o presidente do Porto Digital Pierre Lucena.
O Porto Digital, maior parque tecnológico aberto e urbano da América Latina, é um dos parceiros da UCB nesta nova metodologia de ensino. A partir de 2024, a grade curricular dos cursos de Análise e Desenvolvimento de Sistemas e Ciência da Computação vão passar a ter uma nova disciplina chamada ‘Residência Tecnológica Porto Digital’. A proposta amplia a carga prática do curso e ainda dá oportunidade aos alunos de entrar no mercado antes de se formarem, como parte da própria formação, por ser uma disciplina do curso.
Mesas de debate também fizeram parte do evento, com temas como Inteligência Artificial e Inteligência Artificial na Saúde.
Estiveram presentes no evento o secretário de Turismo do DF, Cristiano Araújo; o presidente da Fecomércio, José Aparecido da Costa Freire; a superintendente da FAP-DF, Renata Vianna; e o diretor da Biotic, Hideraldo Luiz de Almeida.