A chegada do frio traz várias preocupações relacionadas à saúde. No Distrito Federal, além das baixas temperaturas, as chuvas tornam-se cada vez menos frequentes até a chegada do inverno, que marca oficialmente o início do período de seca na capital.
De acordo com a Dra. Letícia Oliveira Dias, pediatra, pneumologista e professora no curso de Medicina no Centro Universitário UNICEPLAC, as doenças mais comuns nesta época do ano incluem as respiratórias transmissíveis, como resfriados, gripes, bronquites, pneumonias e otites, devido à sazonalidade dos vírus e bactérias; e as doenças alérgicas, como rinites, sinusites e dermatites, devido ao clima seco e frio.
“Os grupos mais vulneráveis são as crianças, em especial as menores de dois anos; e os idosos, principalmente aqueles com histórico de doença pulmonar; além de cardiopatas, diabéticos e portadores de doença autoimune”, destaca a médica.
Entre os cuidados com a saúde, a especialista alerta que algumas recomendações podem diminuir a probabilidade de adoecimento nesta época do ano. Entre elas, estar com o calendário vacinal atualizado, com destaque para as vacinas da influenza (gripe), covid-19, pneumocócica e coqueluche (DTP e variantes); higienizar as mãos várias vezes ao dia, principalmente após estar em locais públicos; evitar locais fechados e aglomerados; cobrir a boca e o nariz ao espirrar ou tossir, preferencialmente com lenço de papel descartável; e utilizar máscara se estiver com sintomas; além de evitar contatos com pessoas doentes.
Atenção também com as crianças. “Além das medidas de prevenção citadas acima, deve ser incluído atenção especial ao cuidado com o ambiente que a criança permanece, a fim de minimizar a ocorrência de eventos alérgicos que causam inflamação das mucosas respiratórias, e, com isso, tornam a via área mais vulnerável às infecções por vírus e bactérias”, explica a Dra. Letícia.
Como medidas de controle do ambiente a médica pediátrica alerta: trocar frequentemente a roupa de cama, preferir a limpeza com panos úmidos em vez de usar a varredura tradicional que espalha partículas pelo ambiente, evitar poluentes dentro de casa (cheiros fortes, produtos de limpeza, perfumes e fumaças), e a utilização de umidificadores de ambientes, desde que rotineiramente limpos, além da hidratação via oral e das mucosas nasais, conforme orientação individual do pediatra.
“Outro cuidado diz respeito aos recém-nascidos e menores de três meses, grupo propenso a desenvolver quadros respiratórios severos. Neste período, eles devem evitar receber visitas que não sejam sua rede de apoio habitual”, orienta a médica.
Cuidadores de pessoas que estão em grupos de risco devem ter as mesmas atenções que estes pacientes, como estar vacinados e evitar exposições à doentes e locais fechados com aglomerações. “Além disso, é importante que as crianças mantenham a rotina de acompanhamento pediátrico que, até os seis meses de vida, devem ser de consultas ambulatoriais mensais, a fim de promover a saúde da criança e receber orientações importantes. Além de ser um valioso cuidado na prevenção, contribui para minimizar idas desnecessárias à emergência, que além de sobrecarregar a rede de atendimento para os casos graves, são locais de possíveis contaminações por vírus e bactérias respiratórias nesta época do ano”, completa a Dra. Letícia.