Suspensa desde o dia 20 março, por causa dos riscos de transmissão do novo coronavírus, a coleta seletiva começa a ser retomada de forma gradual no DF. A autorização para que as cooperativas voltassem a operar foi publicada no último dia 30 de maio, mas condicionou a volta das atividades à apresentação de um plano de segurança e prevenção de riscos por cada uma das cooperativas e empresas envolvidas nesse serviço. Sete, das 11 cooperativas que mantém contrato de coleta seletiva com o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), já tiveram autorização concedida para retomada.
Estão em operação desde o início desta semana as cooperativas R3 (Santa Maria), Recicle a Vida (Samambaia), CRV (Lago Norte e Varjão) e Coopere (Riacho Fundo I e II). A cooperativa Ecolimpo, que atua em São Sebastião, iniciou suas atividades nesta quinta-feira (25). Outras duas cooperativas tiveram autorização concedida: a Vencendo Obstáculos, que atende o Cruzeiro Velho e a Grandes Geradores, inicia a operação na próxima segunda-feira, dia 29, e a Recicla Mais Brasil (Paranoá e Itapoã), deve retornar no dia 06 de julho, após realizar um trabalho de mobilização nas regiões atendidas.
De acordo com o assessor técnico do SLU e coordenador do grupo de avaliação dos planos de segurança, Chico Mendes, são 26 itens exigidos das cooperativas. Entre eles, manter o distanciamento de no mínimo 1,5 metro, instalação de pia com sabão e água corrente nos galpões, álcool em gel 70% na área administrativa, higienização dos caminhões e afastamento de todos os funcionários classificados como grupo de risco. Os resíduos coletados também devem permanecer em quarentena por 48 horas. São critérios que, segundo o assessor, serão constantemente fiscalizados.
“Primeiro as cooperativas precisam apresentar o plano de segurança e prevenção de riscos para a Subsecretaria de Vigilância em Saúde do DF. Aprovado o plano, a vigilância encaminha para o SLU, onde nós fazemos uma avaliação operacional. Se estiver tudo dentro dos critérios estabelecidos, é feita a autorização para retorno ao trabalho. Faremos fiscalizações regulares e caso algum desses itens exigidos seja descumprido, as atividades podem ser suspensas novamente naquele local”, esclareceu Mendes.
Todas as medidas estão sendo tomadas no sentido de garantir a saúde dos trabalhadores das cooperativas e evitar os riscos de contaminação.
* Com informações SLU
AGÊNCIA BRASÍLIA* | EDIÇÃO: ISABEL DE AGOSTINI