Criado em 1995, o Mamãe Taguá foi a alternativa de um grupo de artistas que sentiam falta das folias carnavalescas em Taguatinga. Com o tempo, tornou-se um dos blocos mais tradicionais da região administrativa.
“A melhor coisa do Carnaval deste ano foi essa descentralizaçãoKate Sousa, moradora de Taguatinga
Segundo Jorge Cimas, um dos organizadores do evento, o objetivo é resgatar a alegria dos carnavais em família, valorizando e difundindo a cultura momesca em Brasília. “Estamos há 27 anos na rua, antigamente com o trio na avenida e agora no Taguapark; sem percorrer as ruas, agora estamos com várias bandas, animando a comunidade”, afirma.
Este ano, o bloco teve apoio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), com recursos de R$ 150 mil reais. “No passado, tínhamos a contratação direta”, lembra Cimas. “Tivemos uma série de conversas com a secretaria e o FAC, tanto para o Mamãe Taguá quanto para diversos blocos. Isso significa solidificar o Carnaval do DF. Falamos muito sobre territorialidade, e o Carnaval não é só no Plano Piloto. Atender a comunidade é fundamental para solidificar essa memória cultural de quem mora em outras regiões”.
Segundo a organização da festa, o Mamãe Taguá gerou cerca de 250 empregos diretos e indiretos, desde a contratação de seguranças e brigadistas até a movimentação de ambulantes durante as mais de seis horas de duração do desfile de sábado.
“A melhor coisa do Carnaval deste ano foi essa descentralização”, avalia a professora Kate Sousa, moradora de Taguatinga que levou a família para acompanhar o bloco. “Agora não fica só lá no Plano Piloto, mas em várias regiões administrativas, e todos podem participar. A estrutura está muito legal e organizada. Com o bloco durante o dia, toda a família pode brincar e dançar. Sempre gostei do Carnaval de Brasília, e hoje, pertinho de casa, pude aproveitar ainda mais”.
*Com informações da Secec
Agência Brasília* | Edição: Chico Neto