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Como os catalisadores para motos contribuem para a melhora da qualidade do ar?

A busca por motocicletas vem aumentando nos últimos anos: hoje são mais de 26 milhões em circulação. Afinal, oferecem uma forma de transporte rápido, econômico e uma ferramenta de trabalho, principalmente com a popularização dos aplicativos de delivery, por exemplo. Como a qualidade do ar é diretamente influenciada pelas emissões de poluentes atmosféricos de origem veicular e industrial, os catalisadores exercem um papel fundamental nesse cenário.

Divulgado em 2019, o relatório “Qualidade do Ar no Estado de São Paulo-2018”, realizado pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), aponta que, apesar da expansão da frota de carros e motos, os níveis dos poluentes atmosféricos estão entre os mais baixos da década.  Ao mesmo tempo, segundo o “Mapa da Motorização Individual no Brasil-2019”, realizado pelo Observatório das Metrópoles, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a frota de motos passou de 13 milhões para 26,7 milhões entre 2008 e 2018.

“O catalisador da motocicleta é uma das medidas essenciais para a diminuição dos gases poluentes, já que converte até 98% das substâncias tóxicas provenientes da combustão em gases inofensivos à saúde, como água, gás carbônico (CO2) e nitrogênio (N2). Por isso, não podemos subestimar a importância do bom funcionamento da peça. Prova disso é que uma motocicleta sem o componente emite até nove gramas de monóxido de carbono por quilômetro. Para efeito de comparação, com a peça em perfeitas condições, a emissão é menos de um grama por quilômetro”, afirma Miguel Zoca, gerente de Aplicação de Produto da Umicore, empresa especialista em controle de emissões.

A tecnologia dos catalisadores para motos

Localizado no sistema de escapamento, o catalisador da motocicleta tem uma tecnologia própria. A peça desenvolvida para motos tem substrato metálico, mais leve e resistente às vibrações. Já para automóveis, utiliza-se substrato cerâmico, mais conhecido como colmeia cerâmica.

“Além disso, o formato e a composição da peça são adequados às condições específicas da motocicleta, tornando o catalisador muito mais leve e de menor inércia térmica, aquecendo-se e esfriando-se mais rapidamente”, explica Zoca. Mas, para que o catalisador mantenha suas propriedades de conversão dos gases poluentes em substâncias inofensivas para a saúde, é essencial que a manutenção esteja em dia.

“Seja por razões de durabilidade ou estética, o motociclista deve utilizar um novo sistema de escapamento com catalisador. A retirada da peça é infração grave e passível de multa, conforme o Código de Trânsito Brasileiro. E a informação de que o componente afeta o desempenho das motocicletas é um grande mito”, acrescenta o especialista da Umicore.

Sobre a Umicore

A Umicore é um grupo de tecnologia de materiais e reciclagem. A empresa foca suas atividades em áreas de aplicação, nas quais seu conhecimento na ciência dos materiais, química e metalurgia faz a diferença. As atividades são organizadas em três grupos de negócios: Catálise, Energia e Tecnologia de Superfície e Reciclagem. Cada área é dividida em unidades de negócios direcionadas ao mercado, oferecendo materiais e soluções que estão no topo de novos desenvolvimentos tecnológicos e que são essenciais no dia a dia.  A Umicore investe a maior parte de suas receitas e dedica seus esforços de P&D para materiais de mobilidade limpa e reciclagem. O objetivo da empresa de criar valor sustentável baseia-se em sua ambição de desenvolver, produzir e reciclar materiais de forma a cumprir sua missão: “Materiais para uma vida melhor”. As operações industriais e comerciais da Umicore, assim como as atividades de P&D, estão localizadas em todo o mundo para melhor atender sua base global de clientes. O Grupo gerou uma receita de vendas de EUR 17,5 bilhões em 2019 e atualmente conta com 11.152 colaboradores.