Máscaras. Álcool em gel 70%. Lavagem correta das mãos. Diante da pandemia ocasionada pelo novo coronavírus, a necessidade de aprender a forma correta de se prevenir da doença torna-se cada vez mais urgente. “As portas de entrada do vírus são a boca, os olhos e o nariz. A partir do momento que recomendamos certas precauções estamos tentando evitar que o vírus chegue a esses canais ou que, sem querer, levemos a mão contaminada a esses locais” explica o professor de biomedicina Bruno Milagres.
Lavagem correta das mãos
Até o momento, as medidas preventivas recomendadas, além do isolamento social, são as máscaras, o álcool em gel e a devida lavagem das mãos com água e sabão. “Fazer a assepsia das mãos de forma correta é extremamente importante”, ressalta Bruno Milagres. Não é simplesmente jogar água. “É lavar todos os cantos, como demonstrado em vários vídeos do ministério da Saúde. Você irá gastar em média 30 segundos para realizar uma lavagem correta” atenta o professor.
Fazer essa limpeza da forma adequada não é difícil. Assista abaixo o vídeo enviado em que a doutora em saúde pública Julliane Sampaio ensina o filho a forma correta de higienização das mãos.
Máscaras
Bruno Milagres relembra a importância de usar as máscaras caso haja necessidade de sair de casa. Saiba mais sobre máscaras. “É importante usá-las porque existem pessoas assintomáticas, e o Covid-19 é transmitido por vias respiratórias”, ressalta.
Ao utilizá-las, sejam as de pano ou as cirúrgicas, é preciso estar atento se a mesma está cobrindo totalmente as vias respiratórias. “É importante que elas sejam feitas nas medidas corretas e cubram totalmente a boca e o nariz, de modo que também não sobre espaços nas laterais do acessório”, explica Julliane Sampaio. “A máscaras cirúrgicas têm uma haste de ferro para que o ajuste no nariz possa ser feito e não fiquem espaços”, completa.
O professor também explica a importância de atentar que, ao retirar o acessório, é essencial tomar todos os cuidados. “Deve-se prestar atenção para que, ao retirar a máscara, nossas mãos não entrem em contato com nenhum canal de risco, e é necessário que haja a possibilidade de fazer a limpeza das mãos assim que o equipamento for retirado, seja com água ou com álcool em gel 70%”, acrescenta Bruno. O mais correto é retirar o item pela parte de trás, de modo que você não toque na parte frontal.
Quando utilizamos a máscara caseira, devemos nos atentar se o material está dentro das recomendações. “A máscara caseira se torna um método de barreira contra o vírus quando usada, higienizada e fabricada de maneira eficiente. Ela deve ser dupla face, ou seja, com duas camadas de tecido, seja ele algodão, tricoline, tnt, etc.”, explica Julliane Sampaio.
Quanto ao descarte desses itens, Bruno Milagres explica que, caso a máscara seja a de tecido, desde que bem higienizada após cada uso, ela pode ser usada quantas vezes seja necessário. Julliane Sampaio entende que , para que essa limpeza seja eficiente, é recomendado que o acessório fique de molho por, pelo menos, meia hora.
“Se for a máscara descartável (a cirúrgica), o que a gente indica é que você tenha um local para guardar essas máscaras usadas, para que elas não sejam jogadas no lixo comum. Feito isso, a gente dá duas opções: a primeira seria guardá-las em um saco para serem entregues em um posto de saúde, para que lhe seja dado o destino correto, ou, colocar em um lixo a parte, sinalizando que está contaminado, para que o lixeiro esteja ciente”, esclareceu o professor Bruno Milagres.
Ouça abaixo, de forma detalhada, as dicas do professor: Tocador de áudio00:0000:00Use as setas para cima ou para baixo para aumentar ou diminuir o volume.
O Governador Ibaneis Rocha afirmou, na semana passada, que vai tornar obrigatório o uso de máscaras pelos moradores do DF nas ruas. Decreto será publicado no Diário Oficial.
Álcool em gel
O produto que chegou a sumir das prateleiras de farmácias e supermercados requer cuidados especiais. Há uma dúvida se a substância é mais eficiente que a lavagem das mãos com água e sabão e por que deve-se usar exclusivamente o álcool 70%.
“A quantidade de água maior que 30% não auxilia na degermação de maneira adequada. Acima de 80% evapora rápido, devido a quantidade baixa de água, não dá tempo adequado de exterminar o agente etiológico”, esclarece Julianne Sampaio. O álcool a 70% consegue não só fazer o efeito bactericida, mas também destruir bactérias vegetativas, fungos e vírus, incluindo os vírus envelopados, como é o caso da H1N1. “Seu uso é indicado apenas na ausência de possibilidade da lavagem com água e sabão”, explicou.
É de extrema importância ressaltar que a eficiência vem a partir do conjunto de todos esses métodos, desde o uso dos itens citados até a regras como o isolamento e o distanciamento social. Quanto as roupas e objetos pessoais, Julliane Sampaio orienta que é importante separar um espaço em casa somente para esses itens. “Manter um cantinho “contaminado” na casa. Para colocarmos sapatos que estávamos usando na rua, retirar a roupa e colocar em um saco plástico ou direto em um balde com água e sabão em pó ou líquido. Higienizar chaves, celulares, cartões de crédito e evitar sair com bolsa”, explica a doutora em saúde pública.
Confira abaixo o vídeo feito pelo acadêmico de enfermagem Caio Ferreira, esclarecendo de forma simples e didática, todas as dúvidas sobre os métodos de prevenção.
Por Mayra Christie
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira