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Criança operada com técnica inovadora no Hospital da Criança recebe alta da UTI

A criança que passou por cirurgia de correção de extrofia de bexiga no Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB), no dia 15 de junho, recebeu alta da UTI nesta segunda-feira (1). A partir de agora, o menino passa a ser acompanhado pela equipe da Unidade de Internação (UIN) do hospital.

“A evolução dele está sendo excelente, não houve nenhuma complicação com relação à cirurgia que foi realizada. Nossa expectativa é de que tudo continue correndo muito bem”, afirma Hélio Buson, cirurgião pediátrico especializado em urologia pediátrica, responsável pelo procedimento.

Segundo o médico, duas das quatro sondas com as quais o paciente saiu da cirurgia já foram retiradas, ficando apenas outras duas que se conectam à bexiga. “Ele nunca teve a bexiga fechada, então ela precisa ser treinada para fazer o trabalho de distender e esvaziar; isto está dentro do esperado”, explica Buson.

Os pais do menino, Vera Lúcia Marinho e Evandro Lima, se sentiram mais tranquilos com a alta da UTI. “Agora ele está bem, já passou o susto”, disse Vera Lúcia, que só descobriu que o filho precisaria de cirurgia quando ele nasceu. “Deus pôs um anjo na vida da gente: ele nasceu no Hospital de Taguatinga (HRT), foi para o Hospital de Base e o doutor Hélio pegou o caso, foi estudando o que seria melhor. Quando veio essa inovação, ele foi um dos primeiros a serem operados”, conta a mãe.

A cirurgia do garoto durou 13 horas e contou com cerca de 40 profissionais. Evandro conta que a espera durante o procedimento foi difícil, mas que a família se manteve informada. “Parecia que não ia acabar, mas os médicos sempre vinham falar com a gente e contar o que estava acontecendo. Como tudo correu de acordo com o que eles já esperavam, foi bom”, diz o pai.

Nas próximas semanas, Miguel continuará em um leito de internação do HCB. “O resultado funcional, que é saber como a bexiga vai funcionar, só vai vir mais para frente, mas essa fase mais precoce da cirurgia é muito importante, por causa da possibilidade de complicações relativas à cirurgia em si”, explica Hélio Buson.

Quando receber alta do Hospital, porém, a família já tem planos para se divertir com o menino: “A gente tinha muita vontade de levar ele na piscina; o médico nunca disse que não podia, mas como a bexiga dele era exposta, eu tinha receio. Agora, vamos poder fazer isso”, conta Vera Lúcia.

*Com informações da Secretaria de Saúde