Cuidar do meio ambiente do planeta, a partir de ações individuais, visando à melhoria da qualidade de vida das pessoas, com responsabilidade e consciência, foi um dos temas do curso de Formação de Agentes Ambientais Municipais, que a Corumbá Concessões levou, em 13 de junho, ao Colégio João XXIII, em Novo Gama. O curso faz parte do Programa de Educação Ambiental (PEA) com o objetivo de formar multiplicadores da questão ambiental para mudar as relações entre as pessoas e também a relação das pessoas com os objetos que consomem.
Na parte da manhã, cerca de 40 estudantes do ensino médio participaram de uma palestra e assistiram ao documentário “A história das Coisas”, fomentando o debate. O filme, de 20 minutos, mostra de forma direta os padrões de consumo e revela as conexões entre diversos problemas ambientais e sociais que existem na fase de produção das mercadorias, os tóxicos que são utilizados até mesmo em produtos como travesseiros, e ainda a questão do descarte destes lixos tóxicos. O filme alerta para a urgência da criação de um mundo mais sustentável e justo. À tarde, os estudantes participaram de oficinas com o objetivo de consolidar, na prática, a teoria aprendida.
Valores espirituais e educação ambiental
A educação ambiental é uma ferramenta importante para a formação de valores sólidos e deve ser contínua durante todo o ano. “A espiritualidade prevê a evolução humana, na medida em que se vive, e a educação ambiental também. A partir da melhora do sujeito, ele passa a ter práticas e comportamentos mais condizentes com um ser mais elevado, melhorado. E isso irá repercutir em todas as suas ações, em outras pessoas e na sociedade”, explicou a geógrafa e professora Temízia Lessa, que ministrou o curso.
É recorrente, segundo ela, o uso equivocado da palavra conscientização, como algo que pode ser levado às pessoas num determinado processo de educação. “O que nós conseguimos é fazer um processo de sensibilização. Quando levamos novidades às pessoas, essas informações poderão sensibilizá-las para que se tornem conscientes. Ou seja, a conscientização não existe fora da responsabilidade e vontade do indivíduo e acontece de dentro para fora”, ressaltou Temízia.
Para a professora, o curso foi ao encontro do interesse dos alunos, que estão concluindo o ensino médio e em fase de decisão da carreira que irão seguir. Segundo ela, eles aprenderam que a questão ambiental perpassa todas as áreas do conhecimento e, assim, poderão escolher a profissão de forma mais responsável. O aluno Marco Antônio Oliveira e Silva, de 16 anos, concorda com a professora: “Eu pretendo fazer engenharia e quando projetar uma obra, vou verificar bem se ela não vai causar impacto ambiental”.
A parte do curso que mais chamou a atenção do garoto foi a dica do juiz de direito mineiro, Haroldo Dutra Dias, citado na palestra, que sugere uma fórmula para errarmos menos. Segundo Dutra, antes de fazermos qualquer coisa devemos nos perguntar o que aconteceria se todos fizessem como nós. Temízia Lessa citou como exemplo o comportamento muito comum de pessoas que sujam as ruas: “Se eu estou numa cidade de 14 mil habitantes e jogo um papel no chão, devo pensar como ficaria a cidade se todos também fizessem o mesmo. E se eu tiver uma atitude positiva, como ficaria a situação se todos fizessem o mesmo? ”. O estudante frisou que vai levar esse ensinamento para a sua vida e divulgar para amigos e familiares. “Acho que isso é ser agente ambiental”, arriscou.
O aluno Ângelo Gabriel Faustino também fez avaliação positiva do curso. “Agora estou mais atento às coisas que faço para não prejudicar o planeta”. Ele conta que antes da palestra não tinha qualquer preocupação ou culpa ao tomar banhos demorados e jogar papel no chão, mas que a partir de agora irá fiscalizar seus atos.
Para a diretora do Colégio João XXIII, professora Maria Ironilda Germano Bezerra, a proposta do curso levada pela Corumbá Concessões foi de grande importância, porque somou às atividades ambientais extraclasse que a escola realiza com os alunos. Segundo ela, a escola trabalha com a construção do conhecimento e todo o conteúdo ensinado no curso terá vários desdobramentos, de forma interdisciplinar, como pesquisa, produção de textos, desenhos, música e trabalhos para apresentação em feira de ciência e aos pais. “Essas informações e sensibilização os alunos não encontram em livros didáticos”, frisou a diretora.
Nesta sexta-feira, 15 de junho, a Corumbá Concessões levou o curso de Formação de Agentes Ambientais Municipais à Escola José de Assis, em Santo Antônio do Descoberto.
Ana Guaranys
Assessoria de Comunicação / Corumbá Concessões