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Dados da rede Dasa de saúde integrada mostram que 64% dos diabéticos deixaram de monitorar a doença no último ano

Preocupa a quantidade de pacientes diabéticos que deixou de monitorar a
doença no último ano: segundo dados da Dasa Analytics – área de dados da
maior rede de saúde integrada, a Dasa – cerca de 64% dos diabéticos
atendidos pela rede deixou de buscar cuidados, o que equivale a 330 mil
pessoas em todo o Brasil. Entre os pré-diabéticos, o número chega a 700 mil.
Para a endocrinologista e pediatra do Exame Imagem e Laboratório/Dasa
Fernanda Lopes, manter a rotina de cuidados é um grande desafio, mas
necessário para evitar consequências da diabetes, como maior risco de
doenças cardiovasculares, comprometimento renal e até a necessidade de
amputações.

“A diabetes mellitus é uma condição clínica em que há uma elevação da
glicose no sangue. Isso pode ocorrer por deficiência na produção de insulina,
causa do tipo 1 da doença, ou por uma resistência à ação da insulina no corpo
trazida pelo excesso de gordura abdominal, que causa o tipo 2”, conta a
endocrinologista e pediatra do Exame Imagem e Laboratório/Dasa Fernanda
Lopes. “Uma vez instalada, a diabetes causa grandes complicações
vasculares: há um maior risco de infarto, derrame, comprometimento renal,
neuropatia diabética, que pode levar a amputações, retinopatia diabética, que
pode causar cegueira, entre outras consequências”, continua.

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O diagnóstico é feito a partir dos exames de laboratório Glicemia em Jejum
(GJ) e hemoglobina glicada (A1C). Caso o GJ de um paciente seja maior que
200mg/dl ou o A1C seja maior que 6,5%, ele é considerado diabético. Já a pré-
diabetes é definida por um GJ entre 126 e 200 mg/dl ou A1C entre 5,7 e 6,5%.
Os sintomas da doença incluem excesso de urina, excesso de sede, perda de
peso e comer em excesso. É importante lembrar que o diagnóstico deve
sempre ser feito por um médico, que poderá analisar os exames e indicar o
melhor curso de ação.

“A base para o tratamento é dieta e atividade física. Uma alimentação
adequada e exercício regular auxiliam no controle glicêmico, além do uso de
medicamentos caso necessário”, diz Fernanda Lopes. “A medida frequente da
glicemia capilar, pelo glicosímetro, é uma ferramenta importante para o
paciente conhecer sua glicemia e entender o quanto a alimentação e o esforço
físico auxiliam no dia a dia”, continua.

O paciente com diabetes descontrolada está exposto a riscos sérios de saúde,
e por isso nos preocupa que 64% dos diabéticos atendidos pela Dasa tenham
deixado de monitorar a doença no último ano. No Distrito Federal, o número
chega a 16 mil diabéticos e 36,1 mil pré-diabéticos entre pacientes do Exame e
das duas unidades do Hospital Brasília. Somando os outros estados do Centro-
Oeste, o número é de 12,4 mil e 33,3 mil entre diabéticos e pré-diabéticos,
respectivamente.

“A mudança no estilo de vida, mudança alimentar e a inserção de atividade
física na rotina é um grande desafio. Por isso muitos pacientes têm dificuldade
de seguir essas orientações e mantê-las ao longo da vida”, conta a
endocrinologista e pediatra Fernanda Lopes. “Porém, apenas medicamentos
não controlam a diabetes por muito tempo, e, com a doença descontrolada,
aparecem complicações sérias”, finaliza.