Ryan Reynolds interpreta novamente o herói divertido Deadpool. Depois dos acontecimentos do primeiro filme, Wade Wilson procura construir uma vida com a namorada, Copycat (Morena Baccarin), porém, uma onda de ação e adrenalina o espera pela frente, desta vez, com vários personagens novos.
A direção é de David Licher, que gosta bastante de cenas de luta e violência gratuita, como elemento motivador do filme, e tudo isso pode ser visto neste filme. Cada passagem de trama é ‘’resolvida’’ por um conflito ou uma sequência de diálogos promissores. O filme também traz o herói (ou anti-herói) em cenas pessoais, mostrando seu lado mais romântico e íntimo. A história em si é bem segmentada e dividida, onde cada uma dela vai se complementando.
Sobre os novos personagens: Russell Collins (Julian Dennison), que é bem carismático no papel de garotinho mau, mas é muito sobressaltado algumas vezes; o vilão Cable (Josh Brolin), que gera muita estranheza e dúvida, de primeira, quanto a sua finalidade para a história, mas que acaba ajudando a moldar toda a intriga do filme depois.
Personagens como a senhora cega Al, e seu amigo Weasel (T.J. Miller) também marcam muita presença nas cenas em que aparecem, onde todas as piadas e a ‘’complexidade’’ da cena recaem de forma satírica sobre os dois, especialmente Al.
O humor desta sequência é muito mais promovido ao público, com piadas bem oportunas, que são feitas sempre que aparece uma chance em cena. Há um ótimo timing cômico também que não as tornam inapropriadas, e como no primeiro filme, há o elemento da quebra da quarta parede, recurso que conduz a aproximação entre o público e Deadpool o filme inteiro.
Um elemento que será considerado como surpresa pelo público serão as participações especiais. Terry Crews, Bill Skarsgård, Rob Delaney e um quarto ator que não será mencionado agora, estão em pouco tempo de filme, mas se divertem em cena e criam simpatia com o público.
Comparações com o primeiro filme
‘’Deadpool 2’’ apenas traz o roteiro como algo novo, porém, as cenas de ação, que antes foram divertidas de assistir, agora estão mais intensificadas, com efeitos visuais de qualidade duvidosa, e o humor, que circunda tudo quando se trata de Deadpool, está mais debochado, e repleto de referências a outros universos cinematográficos.
O filme é um fiel seguidor de seu filme anterior em relação a quase todos os aspectos técnicos, porém com uma vertente nova, dado o fato que a direção segue um novo estilo. Tudo que aparece em cena dá a sensação de que já foi visto, mas ainda assim é capaz de divertir o público, com impressões cada vez mais engraçadas do personagem, porém, a sequência deste filme sempre estará na sombra da originalidade do primeiro.
Por Felipe Tusco *
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira
- A convite da Espaço Z