Um em cada cinco casos de dengue no Distrito Federal estão na região administrativa de Planaltina (a 40 km do Plano Piloto), conforme mostra o Boletim Informativo Epidemiológico de abril de 2019 da Secretária de Saúde. O número de casos é de 1.326. Ainda com base no levantamento, São Sebastião e Ceilândia ficam logo atrás com 1.220 e 1.138, respectivamente. Os menores números estão localizados no SIA com um caso, Sudoeste/Octogonal (25) e Lago Sul (28).
Nos primeiros meses do ano, o DF teve 11.142 casos da doença, sendo que, durante todo o ano passado, foram registrados 2.094 casos. Dez óbitos foram registrados neste ano.
“Tive dengue duas vezes. Tive dores de cabeça, dores nos ossos, tonturas, fraqueza e falta de apetite. Fui ao hospital público, onde fizeram o exame e em uma hora o resultado foi positivo. Tive que passar pelos agentes da vigilância para notificar o caso. Se não notificar o caso, não entra nas estatísticas”, relata o professor Mário César Castro, de 47 anos, morador de Planaltina.
Apesar dos números, na última pesquisa do início de 2019, o DF estava em último lugar em número de casos de dengue (11.142) em relação aos estados vizinhos: Goiás com 82.447 casos, Minas Gerais com 39.101 e Mato Grosso com 20.653. O DF encontra-se no nível 1 do “Dengômetro”, que significa que a infestação está em alta. É necessário identificar as ações de prevenção e controle do focus e, se necessário, acionar a vigilância ambiental.
“Antes de pegar dengue, os agentes sempre passaram na nossa casa. Sempre para verificar se tinha o foco de dengue. Nunca para verificar se tinha alguém doente ou se já teve dengue! Depois da primeira vez que peguei dengue, demorou três anos para o agente passar lá”
Sobre a visita dos agentes, a Secretaria da Saúde confirma que diariamente os agentes de vigilância ambiental fazem ações em todas as regiões administrativas do Distrito Federal para combater o mosquito Aedes aegypti. As ações vão desde orientações até eliminação de focos.
Ainda sobre a visita de agentes, dessa vez mais especificamente de Planaltina, a Vigilância Ambiental informa que a média diária por agente é de 25 imóveis.
A Secretaria de Saúde acrescenta que, em caso de sintomas de dengue, o paciente deve procurar a Unidade Básica de Saúde referência da região onde reside. Havendo necessidade, a equipe fará o encaminhamento para atendimento hospitalar. Os agentes recomendam ainda que a pessoa deve evitar a automedicação e que seja garantido o repouso com ingestão de líquido.
Os sintomas mais recorrentes são dor de cabeça, febre alta e de início repentino (39˚ C a 40˚ C), dores no corpo e atrás dos olhos, fraqueza e náuseas. Em sua forma mais grave, a doença ainda provoca dores abdominais intensas, vômitos persistentes e sangramento das mucosas.
Por Geovanna Bispo e Brenna Farias