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Distrito Federal tem o menor percentual do país de trabalhadores por conta própria

No terceiro trimestre de 2021, foi estimado na capital federal uma população de 2,47 milhões de pessoas em idade de trabalhar (14 anos ou mais de idade). Destas, 769 mil estavam fora da força de trabalho, sinalizando queda de 8,8% em relação ao trimestre anterior e queda de 13,6% em relação ao terceiro trimestre de 2020. Dentre essas pessoas fora da força, 106 mil estavam na força de trabalho potencial, ou seja, buscaram trabalho, mas não estavam disponíveis; ou não buscaram trabalho, mas estavam disponíveis. Houve estabilidade em relação ao trimestre anterior e em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

Quando os motivos de não buscar trabalho são: não ter experiência; ou ser muito jovem ou idoso; ou não encontrar trabalho na localidade que reside, as pessoas são consideradas desalentadas. No Distrito Federal, a população desalentada era de 26 mil no 3º trimestre de 2021, registrando estabilidade em relação ao trimestre anterior e em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

No 3º trimestre de 2021, na capital federal, 1,70 milhão de pessoas de 14 anos ou mais de idade estavam na força de trabalho (ocupados + desocupados). Número que cresceu 3,6% na comparação com o trimestre anterior e 7,6% na comparação com o 3º trimestre do ano anterior. Os dados revelam também que o número de pessoas ocupadas alcançou a marca de 1,45 milhão, crescendo 3,3% na comparação com o trimestre anterior e com alta de 9,0% na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. Já o nível da ocupação (proporção de ocupados entre as pessoas de 14 anos ou mais de idade), ficou em 58,9%, registrando aumento de 2,2 pontos percentuais em relação ao nível do trimestre anterior e alta de 4,9 pontos percentuais na comparação com o do 3º trimestre de 2020. A taxa de participação na força de trabalho (percentual de pessoas na força de trabalho em relação às pessoas de 14 anos ou mais de idade) no Distrito Federal, no 3º trimestre de 2021, atingiu o maior valor (68,9%) entre as Unidades da Federação.

No Distrito Federal, entre os empregados do setor privado, estimam-se 514 mil com carteira de trabalho assinada e 148 mil pessoas sem carteira de trabalho assinada, no 3º trimestre de 2021. Houve aumento de 26,8% no número de empregados sem carteira na comparação com o terceiro trimestre do ano passado. Vale ressaltar que o Distrito Federal registrou o menor percentual do país de trabalhadores por conta própria (21,5%) entre os ocupados de 14 anos ou mais de idade

No 3º trimestre de 2021, a taxa de informalidade no Distrito Federal ficou em 31,8%, a terceira menor do país, acima de São Paulo (30,6%) e Santa Cataria (26,6%). Para o cálculo da taxa de informalidade da população ocupada foram considerados como informais os 148 mil empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada, os 66 mil trabalhadores domésticos sem carteira de trabalho assinada, os 12 mil empregadores sem registro no CNPJ, os 228 mil trabalhadores por conta própria sem registro no CNPJ e os 9 mil trabalhadores familiares auxiliares.

Taxa de desocupação do DF mantém-se estável no 3º trimestre de 2021

No Distrito Federal, a população desocupada foi estimada em 247 mil pessoas no 3° trimestre de 2021, mantendo-se estável estatisticamente em relação ao trimestre anterior (235 mil) e ao mesmo trimestre de 2020 (248 mil). A taxa de desocupação foi de 14,5%, também com estabilidade em relação ao semestre anterior (14,3% e uma diferença de 0,3 ponto percentual) e ao mesmo trimestre de 2020 (15,7% e uma diferença de -1,1 p.p.).

No Brasil, a taxa de desocupação do 3º trimestre de 2021 foi de 12,6%, mas com redução de 2,2 pontos percentuais em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Também houve redução de 1,6 ponto percentual em relação ao trimestre anterior.

O DF foi a 9ª Unidade da Federação com maior taxa de desocupação e a maior na Região Centro-Oeste (9,8%). A Região Nordeste apresenta a maior taxa de desocupação (16,4%) e a Região Sul a menor (7,5%). Santa Catarina (5,3%), Mato Grosso (6,6%) e Mato Grosso do Sul (7,6%) registraram as menores taxas; Pernambuco (19,3%), Bahia (18,7%) e Amapá (17,5%), as maiores.

Taxa de desocupação do DF por trimestres (%)

Fonte: IBGE, PNAD Contínua – 3º trimestre 2021

A taxa composta de subutilização da força de trabalho do DF foi de 25,3% no 3º trimestre de 2021, mantendo-se estável estatisticamente em relação ao trimestre anterior (26%) e ao mesmo trimestre do ano anterior, quando era de 24,7%. O DF ficou em 16º no ranking com a maior taxa composta de subutilização da força de trabalho entre os estados.

A subutilização da força de trabalho, que a Organização Internacional do Trabalho (OIT) recomenda, desde 2013, que seja medida pelos órgãos oficiais de estatística, engloba os desocupados, aqueles na força de trabalho potencial e os subocupados por insuficiência de horas. A taxa de subutilização da força de trabalho é a porcentagem que esta subutilização representa dentro da força de trabalho ampliada (pessoas na força de trabalho somadas à força de trabalho potencial).

No 3º trimestre de 2021, o rendimento médio real habitual de todos os trabalhos das pessoas ocupadas no Distrito Federal foi estimado em R$ 4.094, apresentando redução ao trimestre anterior (-7,5% ou redução de R$ 331), no entanto, mantém-se estatisticamente estável em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

Quadro resumo do mercado de trabalho no 3° trimestre de 2021 – Distrito Federal

Fonte: IBGE, PNAD Contínua – 3º trimestre 2021