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Doação de sangue diminuiu pouco durante pandemia; conheça medidas de proteção

A doação de sangue durante a quarentena no Hemocentro de Brasília mantém uma média de 150 coletas diárias, número pouco menor do que a quantidade de bolsas antes da crise, que era de 155. “Apesar dessa pequena diminuição nas coletas, o fluxo de doadores tem sido constante todos os dias, o que vem mantendo nossos estoques seguros”, afirma o diretor-presidente do Hemocentro, Osnei Okumoto.

A Fundação Hemocentro de Brasília anunciou que, desde o início do surto de coronavírus, em março, foram coletados cerca de 10 mil bolsas de sangue.“A população do Distrito Federal e do Entorno reconhece a importância de doar sangue regularmente para salvar vidas”, comentou. 

 Após a declaração de pandemia de Covid-19 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Hemocentro passou a adotar medidas de segurança de modo a deixar a população mais segura, e evitar a queda significativa de doações. De acordo com Osnei Okumoto, a rotina de limpeza e desinfecção do ambiente se tornaram mais frequentes, e o espaço entre as cadeiras das salas de espera e da sala de coleta foi ampliado. 

Além das medidas de limpeza, o diretor-presidente do Hemocentro também explica que a quantidade permitida de pessoas no lugar também mudou. “O agendamento obrigatório da doação do sangue foi adotado para evitar aglomerações, principalmente nos horários de pico”, esclarece. Os horários marcados acontecem no horário normal de funcionamento do lugar, que não mudou. 

Riscos

Quanto aos riscos de se transmitir o vírus da Covid-19 pelo sangue, Osnei Okumoto é enfático ao afirmar que não há evidência de que a doença seja transmitida pelo sangue e, por esse motivo, o teste de Coronavírus não é feito pelo Hemocentro de Brasília. “Doar sangue não oferece riscos ao doador porque nenhum material usado na coleta do sangue é reutilizado, eliminando assim qualquer possibilidade de contaminação, de forma que a segurança do procedimento é absoluta”, completa o presidente. 

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A estudante Luiza Alexandre, doadora há um ano, foi uma das pessoas que doaram sangue durante a pandemia,  conta ter se sentido segura durante todo o processo. “Fui doar bem no começo da pandemia. Todos que me atenderam estavam de máscara e luvas, e na hora da ‘entrevista’ teve uma distância considerável”, explica a jovem. Para Luiza, doar sangue representa um ato de amor, e não seria a situação atual que a impediria de realizar o ato, visto que o procedimento ocorreria de forma segura. “Doar sangue é dar um pouco do que é seu para salvar a vida do próximo. Saber que posso ajudar não só uma pessoa, mas  várias só com a minha doação é algo gratificante demais”, conta a estudante, que reafirma a confiança no processo e diz que recomenda a todos que doem, sem medo. “O Hemocentro sempre precisa de doações”.

Por Mayra Christie 

Supervisão de Luiz Claudio Ferreira