Eike, o filme, segue uma parte da vida do empresário que figurou como um dos homens mais ricos do mundo; criador da OGX, uma petroleira, que o leva à ruína, desprestígio e prisão.
De início, o filme tem um ótimo tom farsesco, quase como se a história fosse contada nas páginas de uma HQ, o que faz muito bem ao todo, e Nelson Freitas, acostumado às figuras exóticas e espalhafatosas da comédia, nos dá uma rasteira, mostrando que também é ator de drama, e que se sai muito bem no papel do homem em quase total desespero em perder “rios de dinheiro”, Freitas poderia investir mais nessa nuance em sua carreira.
O filme é bem didático – sem ser chato – nos assuntos de pré-sal, petróleo e ações, a gente sai um pouco mais ‘expert’ no mundo capitalista. Sobre o casamento com Luma de Oliveira, apenas uma pequena cena, mas das mais engraçadas do filme, deixando a gente com mais vontade daquela balbúrdia. Nas voltas que o mundo dá, o ator Nelson Freitas já foi casado com Isis de Oliveira, irmã de Luma. Os filmes brasileiros ficam pouquíssimo em cartaz, o ótimo Marte Um, o selecionado para tentar uma vaga no Oscar, quebrando barreiras, continua firme há um mês nos cinemas, Eike mereceria ficar também.
Vavá Pereira