O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação oficial, registrou para Brasília taxa de 0,17% em julho, ficando 0,57 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de junho (0,74%) e alcançando a menor previsão de taxa mensal desde maio de 2021 (-0,18%). Já a previsão de inflação em nível nacional ficou em 0,13%. No ano, o IPCA-15 de Brasília acumula 5,40% e, em 12 meses, acumula alta de 11,31%. Os dados foram divulgados hoje (26/07) pelo IBGE.
Seis dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados em Brasília apresentaram altas em julho. O maior impacto positivo (0,25 p.p.) veio do grupo alimentação e bebidas (1,49%). O item desse grupo que teve o maior impacto no cálculo da prévia de julho foi leites e derivados (10,53%), em função dos aumentos do leite longa vida (17,79%) e seus derivados como manteiga (5,47%) e queijo (5,14%). Outro destaque entre as altas de preços veio das frutas (6,15%), impulsionadas pelos aumentos de produtos como mamão (20,94%), banana-d’água (20,84%), banana prata (8,87%) e manga (7,57%).
Vestuário (2,34%) foi o grupo que apresentou maior variação mensal no IPCA-15 de julho. Sua contribuição no índice do mês foi de 0,10 p.p. Os principais destaques foram roupa masculina e roupa feminina, cujos preços subiram 3,41% e 2,83%, respectivamente.
A queda no grupo dos Transportes (-1,47%) puxou a prévia da inflação de Brasília para baixo. Foi influenciada pelo recuo nos preços dos combustíveis (-6,53%), em particular da gasolina (-7,20%) e do etanol (-4,87%). O óleo diesel seguiu na contramão dos demais combustíveis, com alta de 6,26%. No lado das altas, passagem aérea subiu 10,97%, registrando a maior contribuição individual (0,13 p.p.) no IPCA-15 de julho em Brasília.
IPCA-15 – Variação mensal e acumulada no ano (%) – Índice geral e grupos de produtos e serviços – Brasília – DF – julho 2022
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 14 de junho a 13 de julho de 2022 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 14 de maio a 13 de junho de 2022 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.