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Encerramento da semana nacional em defesa da educação pública e contra os cortes acontece na Ceilândia

Nessa sexta-feira (10) acontece encerramento da SEMANA NACIONAL EM DEFESA DA EDUCAÇÃO PÚBLICA E CONTRA OS CORTES, que trará uma série de atividades na Ceilândia, maior Cidade Satélite do Distrito Federal. A partir das 18h, na Praça Jovem de Expressão, acontecerão as atividades: rodas de diálogo sobre a importância da educação pública para nossa vida, além de abordar assuntos como custo de vida, arte, cultura, sonhos, lutas; show com o rapper  e poeta Markão Aborígene; exibição do filme “Abraço”, com a presença do diretor DF Fiuza;  grafitagem; batalha de rima – com premiação; e, para as crianças, distribuição de pipoca e algodão doce, além de brinquedos infláveis.

O longa “Abraço” é baseado em fatos reais, e traz no elenco Giulia Maria, Flávio Bauraqui, Flávio Porto e Rose Ribeiro. O filme conta a história de um grupo de professores sergipanos que, em 2008, entraram numa disputa jurídica com o governo do estado para protestar contra a perda de direitos. Cerca de 30 mil professores e professoras saíram de diversas cidades, e foram para Aracaju. Uma delas é Ana Rosa, uma jovem que além de ser professora, é mãe, mulher e diretora do sindicato da categoria.

Markão Aborígene, rapper que fará um show durante a mobilização, é poeta, escritor, rapper e militante da Cultura Hip Hop do Distrito Federal há 20 anos. Em sua obra, seja na música ou na literatura, a militância é marcante, e tem como função ser agregadora e difusora, pois seu objetivo sempre é coletivizar as produções e processos. Mais informações sobre ele, no final deste release.

A SEMANA NACIONAL EM DEFESA DA EDUCAÇÃO PÚBLICA E CONTRA OS CORTES é organizado pelo ANDES-SN, UNE, FENET, UBES, FASUBRA e SINASEFE, e começou na segunda (06), e apresentou lives, atos culturais, debates, mesas redondas, intervenções artísticas, exibição de filmes e rodas de conversa. Entre as atividades ao longo dos dias, aconteceram em todo o país rodas de conversas nas seções sindicais; atividades culturais de grupos, outras expressões artísticas; uma roda de conversa pela educação e apresentações artísticas em frente ao MEC, em Brasília.

O que mobilizou a SEMANA NACIONAL EM DEFESA DA EDUCAÇÃO PÚBLICA E CONTRA OS CORTE foram os cortes do governo no orçamento da Educação já afetaram mais de 70 mil pesquisa – sendo mais de 2 mil relacionadas à pandemia. Nunca antes o ensino público esteve tão precarizado no país, e, de acordo com levantamento do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), o Ensino Superior, no orçamento federal, passou de uma dotação autorizada de R$ 42,3 bilhões, em 2016, para R$ 29,5 bilhões, em 2021, sendo que destes, R$ 4,5 bilhões foram contingenciados, além de o autorizado ter sido menor, por ser alvo de vetos presidenciais.

Nesse senário atual do país, a defesa do ensino superior público se faz urgente por diversos motivos, pois mais de 60% dos alunos e alunas são filhos e filhas de trabalhadores. Além disso, a política de cotas permitiram que pessoas pretas, indígenas e com deficiência tivessem a possibilidade de uma formação superior, reduzindo as desigualdades sociais, territoriais e tecnológicas.

A educação pública no Brasil é de alta qualidade e fomenta o interesse pela pesquisa, contribuindo para a melhoria do país em diversos campos, como na alimentação, no combate à exploração sexual de crianças e adolescentes, ao trabalho escravo, e está presente também na proteção das mulheres, dos povos indígenas, quilombolas, pessoas com deficiência, pessoas LGBTT.

A SEMANA NACIONAL EM DEFESA DA EDUCAÇÃO PÚBLICA E CONTRA OS CORTES integra a campanha “Defender a Educação Pública, essa é a nossa escolha para o Brasil”, lançada pelo Sindicato Nacional, em setembro desse ano, para ampliar a luta pela recomposição orçamentária. Diversos conteúdos, como vídeos, postagens em redes sociais e outros materiais visam dialogar com a população sobre a importância da educação pública de qualidade para a transformação social.

“A campanha, lançada agora no segundo semestre, tem conseguido avançar no dialogo com a sociedade, via ações nas redes, da importância das universidades públicas, dos institutos federais e dos Cefets”, destaca Claudio Mendonça, 2º vice-presidente da Regional Nordeste 1 do ANDES-SN, e também integrante a coordenação do Grupo de Trabalho de Comunicação e Artes do ANDES-SN.

No Balanço Semestral do Orçamento Geral da União – janeiro a junho de 2021, o Inesc destaca que a tramitação da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2021 subestimou as despesas obrigatórias constitucionalmente, como Previdência Social, para aumentar o espaço no orçamento para as emendas parlamentares, que também possuem imperatividade de gasto.

“Essa manobra, junto com as prioridades do Executivo, levou a grandes vetos e bloqueios do Presidente da República quando da sanção da Lei, além de correções posteriores no valor das despesas obrigatórias. Entre cortes e bloqueios, que somaram quase R$ 30 bilhões, o Ministério da Saúde perdeu R$ 2,2 bilhões e o orçamento do Ministério da Educação diminuiu em R$ 3,9 bilhões. Apesar dos cortes, foram preservados R$ 35,6 bilhões em emendas parlamentares”, afirma o documento.

10/12 – 18h

Atividade na Ceilândia – Região administrativa do DF: Exibição do filme “Abraço”; panfletagem e grafitagem na Praça do Cidadão

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Mais informações sobre Markão Aborígene

 

Aborígine ou Markão Aborígine é poeta, escritor, rapper e militante da Cultura Hip Hop do Distrito Federal há a 20 anos, filho de nordestinos, conheceu a poesia através de seu avô, Pedro Graciano Dantas, cordelista do interior paraibano. Morador do Riacho Fundo 2, fundou e desenvolveu inúmeros projetos sociais e culturais por todo o DF.

 

Fundou a Editora Popular Poesia em Coletivo que fomenta a produção literária periférica, bem como o Coletivo ArtSam, uma organização de juventudes ao qual desenvolveram os projetos Sarau Samambaia Poética, Cineclube Câmbio Negro. Idealizou e produziu o ?Prêmio Hip Hop Zumbi?, a primeira premiação da cultura Hip Hop do Distrito Federal. Markão Aborígine atua como educador social no Inesc, realizando oficinas em escolas públicas e unidades de internação do Distrito Federal.

 

Do primeiro palco que se apresentou em 1998, produção de três CD?s, livros, clipes e documentários, participou e venceu festivais de música com o prêmio de Melhor Letra no Festival Popular de Samambaia e Santa Maria, além da terceira colocação no Prêmio Tom Jobim de Música.

 

Em 2010 foi premiado pelo Ministério da Cultura por meio do Prêmio Preto Ghoez. Recebeu ainda o Prêmio FAC Cultura Hip Hop em 2018 e Prêmio Marielle Franco de Direitos Humanos em 2019 pela Câmara Legislativa do Distrito Federal. Em 2021 conquistou o Prêmio Gran Circular e Prêmio Agente  da Leitura.

 

Em síntese, a obra de Markão Aborígine, na literatura e na música, pode ser resumida numa prática militante, agregadora e difusora, pois sempre buscou coletivizar as produções e processos, seja como apresentador de eventos, músico, arte-educador ou editor, sempre buscou democratizar o acesso e oportunidade, resgatar a memória e reconhecimento ao Hip Hop feito na capital do país.