Teve início nesta quarta-feira (8) à tarde a 90ª reunião ordinária do Conselho Nacional de Secretários de Segurança Pública (Consesp), realizada no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), onde ocorreu também o 6º Simpósio Internacional de Segurança. A reunião, conduzida pelo presidente do conselho e secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Avelar, contou com a participação de secretários de segurança pública de todo o país, além da representante da Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, a diretora Camila Pintarelli.
“O Consesp foi estabelecido com o propósito de promover a cooperação entre os órgãos de segurança pública e justiça, a fim de facilitar a análise de dados criminais, compartilhar experiências e promover uma coordenação efetiva entre os governos estadual e federal”
Sandro Avelar, secretário de Segurança Pública do DF
Na ocasião, os secretários deliberaram sobre diversos temas e preocupações comuns a todas as unidades da federação, entre elas a discussão de regras de destinação de recursos e outras legislações, ajuda humanitária ao Rio Grande do Sul, crime organizado e Rede Interfederativa do FNSP, uso de tecnologia no enfrentamento à criminalidade, entre outros temas. Na ocasião, foi discutido o papel do conselho nas discussões sobre destinação de recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública.
De acordo com o secretário Sandro Avelar, a presidência do conselho coloca o DF à frente de questões centrais de segurança pública do país e possibilita alinhar necessidades para fortalecimento e direcionamento estratégico em temas relevantes e comuns a todas as unidades da federação. “O Consesp foi estabelecido com o propósito de promover a cooperação entre os órgãos de segurança pública e justiça, a fim de facilitar a análise de dados criminais, compartilhar experiências e promover uma coordenação efetiva entre os governos estadual e federal”, esclareceu.
“O fundo nacional tem como meta para 2024 a integração federativa. Desde o primeiro momento, quando assumimos, nossa missão foi trazer os estados e o Distrito Federal para mais perto da gestão central dos recursos. Criamos um espaço de diálogo para debater dúvidas, críticas e sugestões e realizar os encaminhamentos em conjunto. Dessa forma, a gente garante eficiência, com a opinião de todos e com as realidades locais dos estados e do DF, que serão efetivamente respeitadas”, destacou a diretora Camila Pintarelli.
Durante a reunião, também foi realizada uma breve apresentação por representantes da Associação Internacional de Chefes de Polícia (IACP), que convidaram os membros do Consesp para a Conferência Regional do instituto na América do Sul, prevista para junho deste ano. Nesta quinta-feira (9) é o segundo e último dia do encontro.
Simpósio Internacional de Segurança
Pela manhã, teve início o 6º Simpósio Internacional de Segurança, com a presença do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski; do secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar; do secretário de Ciência e Tecnologia, Leonardo Reisman; do presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), Luciano Leiro; do vice-presidente da ADPF, delegado Allan Maia, entre outras autoridades.
Durante o evento, marcado por homenagem à população do Rio Grande do Sul, destacou-se a importância da sinergia e parceria entre as autoridades e os especialistas em combate à criminalidade, por meio de troca de experiências sobre os avanços tecnológicos, como a implantação de ferramentas de Business Intelligence (BI), a vigilância por meio de câmeras de segurança, o uso de drones e aplicativos, a inovação e a própria evolução dos métodos de investigação e do conhecimento técnico e científico.
Na oportunidade, o secretário Sandro Avelar, atual presidente do Consesp, lembrou que a segurança pública é dever do Estado, mas direito e responsabilidade de todos. Para ele, esse comprometimento da sociedade, a responsabilidade da sociedade civil, tem que ser lembrada, e o que permite a integralidade dos esforços do Estado com a sociedade é o uso da tecnologia na prevenção de crimes.
“É fundamental que a tecnologia seja utilizada para suprimir a carência de pessoal das forças de segurança pública. No Distrito Federal há o uso de tecnologias de monitoramento que podem interceptar um eventual agressor, evitando, por exemplo, um feminicídio. Apenas neste ano foram 47 interceptações feitas por meio da ferramenta da secretaria para evitar esse tipo de fatalidade”, afirmou.
*Com informações da SSP-DF
Por Agência Brasília* | Edição: Saulo Moreno