Mesmo diante da pandemia, o Hospital Regional de Taguatinga (HRT) continua a atender aos pacientes oncológicos. O foco principal é acolher aquele que realmente tem uma necessidade mais urgente: ele não pode ficar exposto numa sala de espera, muito menos dentro de um consultório odontológico, ambiente insalubre e contaminado inerente à profissão e aos procedimentos odontológicos.
“Estamos reduzindo os atendimentos em escala de contingenciamento. E mesmo assim, temos uma demanda considerável. O tratamento odontológico ao paciente oncológico aborda o manejo da cavidade oral frente aos efeitos adversos do tratamento antineoplásico, quimioterapia e radioterapia, como osteonecroses, pulpites e abcessos”, explica a cirurgiã-dentista do HRT, Emmanuelle Capellini.
Acompanhamento
De acordo com a dentista, o paciente oncológico precisa ser visto antes, durante e depois do tratamento oncológico. Antes, para adequar o meio oral a fim de reduzir focos de infecção que possam agudizar o início da quimioterapia e radioterapia.
Durante, porque o paciente vai sentir algumas alterações bucais, como xerostomia (boca seca), mucosite (aftas, úlceras, descamação da mucosa oral), disgeusia (alterações de paladar) e disfagia (dificuldade de engolir), entre outras alterações. E depois, porque os sintomas demoram um certo tempo para se normalizar.
“Os trabalhos com os pacientes da oncologia – ambulatorial ou em internação – servem também como atividade educacional e orientações de cuidados. Isso ocorre enquanto eles estão realizando a quimioterapia (um vez na semana)”, afirma Emmanuelle.
Além disso, os atendimentos de urgência e respostas de pareceres para todos os pacientes, independente daqueles da oncologia, seguem acontecendo todos os dias na Unidade de Odontologia.
* Com informações da Secretaria de Saúde/DF
AGÊNCIA BRASÍLIA * | EDIÇÃO: RENATO FERRAZ