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Falta de organização financeira afeta quase metade dos brasileiros, aponta pesquisa

A falta de organização financeira é um dos grandes desafios enfrentados pelos brasileiros, conforme revela uma pesquisa recente da Onze, uma fintech de Saúde Financeira e Previdência Privada. O levantamento apontou que 47% da população não consegue organizar o próprio orçamento, enquanto 59% admitem não saber como fazer. A situação é agravada pelo fato de 26% terem tentado organizar suas finanças, mas desistido no meio do caminho.


O estudo também analisou o nível de conhecimento financeiro da população, revelando que 41% dos brasileiros sabem pouco ou quase nada sobre o tema, enquanto 37% possuem apenas noções básicas. Apenas 18% afirmaram ter conhecimentos suficientes para gerenciar suas finanças e investir de forma consciente. Esses números evidenciam a lacuna de educação financeira no país, que impacta diretamente a saúde financeira das famílias e sua capacidade de alcançar objetivos de longo prazo.


Segundo a educadora financeira Talessa Neves, a falta de conhecimento sobre como lidar com dinheiro contribui para o aumento das dívidas e o uso inadequado do crédito. “Muitas pessoas utilizam o cartão de crédito ou cheque especial como extensão da renda, o que é perigoso, pois esses recursos possuem juros altíssimos. Sem um planejamento adequado, isso pode levar ao endividamento crônico”, explica. Além disso, a ausência de uma reserva de emergência deixa as famílias vulneráveis a imprevistos, como problemas de saúde ou perda de emprego.


Para combater esse cenário, Talessa sugere algumas ações práticas e acessíveis que podem ser implementadas no dia a dia. “Comece anotando todas as receitas e despesas para entender exatamente para onde está indo o dinheiro. Depois, estabeleça prioridades e corte gastos supérfluos. Outra dica é criar metas claras e alcançáveis, como construir uma reserva de emergência suficiente para cobrir de seis a doze meses de despesas”, recomenda.


A educadora financeira também destaca que procurar ajuda especializada pode ser um diferencial significativo. “Contar com o apoio de um educador financeiro ou consultor pode fazer toda a diferença. Nós ajudamos a estruturar um planejamento personalizado, identificar comportamentos financeiros prejudiciais e apontar caminhos mais seguros para alcançar as metas financeiras”, orienta. Esse tipo de suporte não é exclusivo para quem tem alta renda e pode ser acessível para todas as faixas da população.