O projeto “Fragmentos Juninos” está levando a tradição das quadrilhas juninas para escolas públicas do Distrito Federal. Com 10 apresentações de grupos juninos, 10 shows de trio de forró, a iniciativa busca resgatar a dança e os elementos característicos das festas juninas dentro do ambiente escolar. As cidades de Ceilândia, Itapoã, Paranoá, São Sebastião e Samambaia receberão pelo menos uma apresentação cada.
Nos últimos anos, observa-se uma crescente descaracterização das festas juninas nas escolas, onde danças de outros gêneros musicais, como country e sertanejo, têm ocupado espaço em detrimento das tradicionais quadrilhas. “Fragmentos Juninos” vem para ressignificar essa tradição, trazendo informação e vivência cultural para alunos e professores.
“Nosso objetivo é reforçar a importância da quadrilha junina como expressão cultural e elemento formador de identidade, especialmente entre os jovens”, destaca Patrese Ricardo, idealizador do projeto e presidente do Grêmio Recreativo Arraiá Formiga da Roça. “Levamos a arte e a história da quadrilha até as escolas, mostrando que essa é uma manifestação cultural viva e fundamental para nossa identidade.”
O projeto segue até o encerramento oficial, que contará com um evento especial reunindo os principais participantes e parceiros da iniciativa. Com a adesão das escolas e da comunidade, a expectativa é que “Fragmentos Juninos” se torne um marco na valorização e difusão da cultura junina no DF.
O impacto das quadrilhas juninas no Brasil é significativo. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as festas juninas movimentam cerca de R$ 2 bilhões anualmente, abrangendo setores como turismo, vestuário, alimentação e entretenimento. No Distrito Federal, o movimento junino é representado por dezenas de grupos, que se profissionalizaram e passaram a competir em festivais regionais e nacionais.
Com a iniciativa, “Fragmentos Juninos” também visa incentivar novas gerações a se interessarem pela dança e pela cultura popular, garantindo sua continuidade e valorização.
“A quadrilha junina é um espelho da nossa história e tradição nordestina. Ao levá-la para as escolas, conseguimos não apenas ensinar, mas despertar paixões e futuros talentos para o movimento junino”, acrescenta Patrese Ricardo.
